SIRENE DA LAVA JATO
Desde o momento em que foi acordado pelas sirenes da Operação Lava-Jato, cujos sons estridentes anunciavam o tamanho da onda de CORRUPÇÃO já entranhada por todos os cantos do nosso empobrecido Brasil, o povo, em busca de proteção contra a bandidagem, foi para as ruas. A seguir, mais precisamente no dia 28/10/2018, elegeu o presidente Jair Bolsonaro.
EQUÍVOCO
Por tudo que li, ouvi e assisti, nunca tive dúvida de que a grande maioria dos eleitores que votou no atual presidente o fez porque estava convencida de que Bolsonaro, por ser um CAPITÃO REFORMADO DO EXÉRCITO, seria capaz de resolver, a qualquer tempo, tudo aquilo que o Brasil precisa para se tornar um país realmente JUSTO e longe das TREVAS.
PRESIDENTE DO PODER EXECUTIVO
Passados 11 meses desde que foi empossado, a realidade mostra, com todas as letras, que o Bolsonaro foi eleito PRESIDENTE DO PODER EXECUTIVO. Como tal, a maioria das decisões que toma e/ou tem interesse depende da aprovação dos PODERES - LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO, cujos presidentes nunca mostram pressa, e na maioria das vezes nem vontade, para apressar as REFORMAS.
REFORMA TRIBUTÁRIA É FUNDAMENTAL
Nesta semana, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia disse, alto e bom tom em evento que contou com a participação de empresários, que considera a REFORMA TRIBUTÁRIA ((PEC 45/19), a qual já está sendo analisada na Casa, FUNDAMENTAL para o crescimento econômico e para destravar a economia do País, com impactos a curto prazo MAIS IMPORTANTES do que as REFORMAS DA PREVIDÊNCIA e ADMINISTRATIVA.
PERGUNTA QUE SE IMPÕE
Ora, se Maia realmente pensa assim, aí a pergunta que se impõe é a seguinte: - Por que o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS não propõe, diante da necessidade urgente, o cancelamento do RECESSO PARLAMENTAR e se compromete com a tramitação das DUAS REFORMAS?
UM É REFÉM DO OUTRO
De novo: caso vigorasse o SISTEMA PARLAMENTARISTA no nosso empobrecido Brasil, TODAS AS REFORMAS já teriam tramitado, e em tempo bem curto, visto que o governo representaria a MAIORIA DO PARLAMENTO. Ou seja o governo seria o próprio parlamento, sem necessidade de negociar medida a medida (PEC a PEC, PL a PL).
Como bem diz o pensador Vinicius Boeira, que preside o Movimento Parlamentarista Brasileiro, a responsabilidade não seria exclusiva do presidente e sim de toda a Câmara. Quando da escolha do governo as medidas necessárias já estariam certas e decididas. Nesse nosso SISTEMA ESQUIZOFRÊNICO, onde a responsabilidade é do PRESIDENTE DO EXECUTIVO, que não manda nada, e o poder de decisão é do CONGRESSO, que não responde por nada, as coisas não vão andar. Nunca! Um é refém do outro.