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22 out 2004

SIAL 2004 - FRANÇA - FINAL


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POR QUÊ SIAL?
Segundo o chefe do Departamento Comercial da embaixada do Brasil aqui em Paris, o Brasil é um dos maiores exportadores de produtos alimentícios e a nossa presença em forma de pavilhão nacional já se converteu numa tradição. O objetivo comum dos expositores agregados num sólugar é tomar o quanto antes posições em mercados com mais futuro, como a Índia e a China, para quem já somos o primeiro provedor de soja. Ficar fora do Sial, portanto, é ficar fora do alcance imediato dos maiores compradores de alimentos do mundo.
AS REGIÕES DA FRANÇA
A cada edição do Sial é impressionante o dinamismo das Regiões da França. Cada uma com suas características próprias fazem a cabeça dos comerciantes e consumidores. Alsácia, Bretanha, Nord-Pas-de Calais, Córsega, Limousin, Auverge, Poitou-Charentes, etc... , todas mostramorgulhosamente os seus mais diferentes produtos. Com os devidos selos de origem e qualidade, naturalmente. E cada região expositora tem, na sua delegação, um ou mais chefs da cozinha que representa, onde, no próprio stand, são preparados, diariamente, pratos maravilhosos. Um show.
PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA
Com a entrada de mais 10 paises na Comunidade Européia, a participação estrangeira aumentou neste Sial. Além disso, os asiáticos vieram com força total. Os brasileiros tambémaumentaram bastante a participação assim como os turcos, argentinos, egípcios e sírios. Isto explica o fato de 72% dos expositores serem estrangeiros, de um total de 5200. Pela primeira vez, aqui estão a Bielorrusia, Finlândia, Gabão, Letônia, Servia, e Republica do Yemen.
SIAL D´OR
Produtos e países são beneficiados com o Sial D´or. É o concurso feito para premiar com medalha de ouro os produtos que mais se destacaram. A participação no concurso é a certeza, a garantia de abertura de portas para o mercado europeu. Os vencedores deste ano foram ogrupo Siro da Espanha, com Chips de vegetais elaborados a partir de vegetais 100% naturais e o grupo Lotte do Japão, com um sorvete pronto para beber, semelhante ao milkshake.
OBESIDADE
A obesidade, que já representa um grave problema mundial, está em forte crescimento também na França. O governo quer criar uma taxa de 1,5% sobre a publicidade do setor agroalimentar com o objetivo de fazer um fundo para esclarecimento e educação na alimentação. Os empresários, no entanto, já se posicionaram contra a taxação e alegam que servirá para cobrir outras coisas além da luta contra a obesidade. Dizem que já estão fazendo grandes investimentos em matéria de informação nutricional nas embalagens dos produtos.
INFORMAÇÃO INSUFICIENTE
Em pesquisa realizada pela associação dos consumidores, 64% das pessoas nunca lêem as informações sobre ingredientes e valores nutricionais das embalagens. Entre 1992 e 1997, crianças em idade escolar, de duas cidades do norte da França, receberam uma educação nutricional concreta, visando modificar o comportamento alimentar de toda família. Resultado: a obesidade nestas cidades estabilizou, enquanto que nas outras chegou a dobrar.Isto prova que só as informações das embalagens são insuficientes. A luta contra a obesidade, segundo informações, deverá passar mesmo a ser pedagógica.
OUTONO E PREÇOS EM PARIS
O tempo quase sempre nublado, com chuvas esparsas e temperatura oscilando entre 8 e 14 graus, marca o clima de outono em Paris. Nem por isso os franceses deixam de sair às ruas e lotar os ambientes mais consagrados, como por exemplo, os cafés. O problema, para quem não vive na Europa, é fazer a conversão de reais para euros. Aí é duro. Tudo fica quase impraticável. Um cafezinho custa 3 euros, o que equivale a R$ 11,00. Um chopp de 250 ml sai por 4 euros, ou R$ 15,00. Que tal?
FAZENDO AS MALAS
Estou fechando o meu notebook aqui em Paris, encerrando a minha cobertura do Sial 2004. Saio às pressas em direção a Colônia, Alemanha, para conversar com Gelson Castellan, -Móveis Florense-, que está participando da Orgatek, a grande feira de moveis para escritório que lá acontece. Em seguida parto para Dusseldorf, também na Alemanha, para fazer a cobertura da Feira K, de máquinas para o setor plástico. Lá, encontro com Luiz Hartmann, da Polimarketing. Tudo isso antes das nossas eleições, quando todos precisam votar. Até.