ROTA COMUNISTA
Dia sim dia também recebo dezenas de mensagens de brasileiros alarmados com a firme e rápida intenção do governo Lula em colocar o Brasil na ROTA COMUNISTA para desfrutar da miséria latino-americana já experimentada, escancaradamente, por cubanos, venezuelanos e argentinos, onde a LIBERDADE é o artigo mais escasso entre tantos outros que já deixaram de existir faz tempo.
DESASTRE ECONÔMICO
Pois, diante da imensa e iminente tragédia ECONÔMICA E SOCIAL que está se aproximando celeremente do nosso Brasil, nada mais oportuno e necessário do que compartilhar o texto do jornalista John Lucas, da Gazeta do Povo, com o título -DESASTRE ECONÔMICO AGRAVADO PELO GOVERNO FERNANDEZ JÁ AFETA MAIS DA METADE DAS CRIANÇAS DA ARGENTINA. Sugiro que RECORTEM, COLEM E ENVIEM o texto para que muitos brasileiros abram os olhos enquanto é tempo. Eis:
POBRE ARGENTINA
- Em 2019, ao tomar posse como presidente da Argentina, o esquerdista Alberto Fernández, que vive seus últimos meses no cargo, disse as seguintes palavras em seu discurso: “Precisamos de um novo contrato social, fraterno e solidário, porque chegou a hora de abraçar o diferente. Este é o espírito do tempo que inauguramos hoje. Para colocar a Argentina de pé, temos que superar o muro do rancor e do ódio, o muro da fome que afasta os homens”.
Passados quatro anos, a Argentina não só não superou o muro do ódio e o da fome, como também se vê a cada dia mais afundada em dívidas, na alta inflação e no aumento da pobreza. O país vizinho passa pelo acirramento de uma de suas maiores e mais complexas crises econômicas. Essa crise impacta todos os setores da economia local e a vida da população, que vê seu poder de compra se esvair a cada semana.
5,9 MILHÕES DE CRIANÇAS POBRES
Entre todas as pessoas afetadas, as que mais sentem a crise agravada pelo peronismo são aquelas que dependem diretamente do cuidado e da atenção dos mais velhos. Alberto Fernández também disse no dia da posse que “uma em cada duas crianças é pobre em nosso país”. No entanto, a preocupação do presidente ficou somente no discurso. Na prática, durante seu governo foram justamente as crianças argentinas que mais sofreram com a falta de assistência, empregos e oportunidades para os seus responsáveis.
Em seu levantamento mais recente, divulgado em março deste ano e baseado em dados coletados em 2022, o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) revelou que mais 400 mil menores de 14 anos passaram para baixo da linha da pobreza no país, o que elevou o total de crianças pobres para 5,9 milhões.
INDIGÊNCIA
Com o agravamento da crise, o número de pessoas nessa faixa etária em estado de vulnerabilidade social aumentou mais de 6% em 12 meses. O número total representa cerca de 54% de todos os menores de 14 anos do país. A situação fica ainda mais preocupante quando se considera também que quase metade das crianças com menos de cinco anos na Argentina vive em lares que não conseguem ter supridas as simples necessidades de uma cesta básica.
“A cada dia, [o número de pessoas] aumenta mais para o leite, para a janta. As meninas vêm com crianças pequenas e trazem os documentos para poder se inscrever [no refeitório]. Se não vêm, não comem”, revelou Marta Valiente, uma colaboradora de um refeitório solidário localizado no bairro Zavaleta, uma das maiores favelas de Buenos Aires, em entrevista à agência EFE.
Estima-se que atualmente cerca de 12% das crianças argentinas menores de 14 anos vivam também em condição de indigência, ou seja, não têm acesso à alimentação necessária para uma vida saudável. Esse dado é mencionado no relatório mais recente, divulgado em abril, do Barômetro da Dívida Social da Infância, da Universidade Católica Argentina (UCA), que mostrou também que seis em cada dez crianças argentinas são pobres e cerca de 33% dos pequenos do país sofrem de insegurança alimentar. O relatório apontou que 14,4% dessas crianças enfrentam insegurança alimentar grave.
CRISE INFLACIONÁRIA
“As famílias não conseguem suprir uma cesta básica de alimentos para as crianças. Além disso, 13% das crianças enfrentam situações de fome porque seus pais não conseguem trabalhar nem alimentá-las. Essa realidade está intimamente ligada à extrema pobreza e indigência, que persistem em valores semelhantes”, declarou a coordenadora do relatório, Ianina Tuñon, à CNN Argentina.
Dados oficiais divulgados pelo Indec revelaram este mês que a inflação interanual registrada em abril na Argentina atingiu 108,8% — 8,4% no nível mensal. Entre as categorias com maior alta, estiveram alimentos e bebidas não alcoólicas, juntamente com carnes, laticínios e produtos vegetais.
“A problemática da inflação é mais crítica quando se trata da medição da pobreza monetária e alimentar”, afirmou Tuñon, na mesma entrevista.
Além disso, o relatório da UCA apontou que os níveis de trabalho infantil, incluindo atividade doméstica e econômica, voltaram a crescer de forma alarmante no último ano. De acordo com o estudo, por causa dos efeitos da crise macroeconômica, o número de crianças trabalhando atingiu a marca de 14,8% dos menores de 14 anos argentinos. Essa porcentagem é mais alta que a registrada no período pré-pandêmico (2019), quando a UCA havia registrado 14,7%.
O aumento do trabalho infantil pode estar, de certa forma, também ligado à falta de empregos e oportunidades para os pais dos menores, que foi intensificada nesse período de crise. Um estudo da Unicef Argentina de 2022 apontou que mais de 1 milhão de crianças não conseguem realizar uma das principais refeições do dia por falta de dinheiro dos responsáveis, o que poderia justificar a entrada de muitos menores no mercado de trabalho em busca de uma renda extra.
Ainda de acordo com a pesquisa, a insuficiência de renda também resultou em uma redução de 67% no consumo de carne e de 40% no consumo de frutas, verduras e laticínios. O estudo revelou que a qualidade desses alimentos no país piorou.
O levantamento apontou também que houve um aumento no consumo de macarrão, farinhas e pães, alimentos com alto teor de carboidratos que podem contribuir para o sobrepeso a longo prazo. A representante da Unicef Argentina, Luisa Brumana, alertou para as consequências da má nutrição e destacou que a alimentação menos balanceada pode levar ao “excesso de peso e à obesidade, que comprometem o desenvolvimento e causam um aumento das doenças não transmissíveis, como o diabetes”.
De acordo com a ONG Pata Pilla, que combate a desnutrição infantil e a extrema pobreza na Argentina, o número de mortes de crianças por desnutrição vem aumentando no decorrer dos últimos anos.
Conforme a ONG, os principais efeitos da crise e da pobreza na vida das crianças argentinas incluem — além do aumento da mortalidade infantil — deficiências no crescimento e desenvolvimento futuro, piora na educação geral e alimentar e também problemas de saúde de diferentes níveis de gravidade. Embora o problema esteja presente em todo o território argentino, existem regiões geográficas específicas onde ele é mais acentuado.
De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Social, Econômica e de Políticas Cidadãs (ISEPC), as províncias de Jujuy, Salta, Tucumán, Santiago del Estero, Córdoba, Buenos Aires, Rio Negro e Mendoza e a Cidade Autônoma de Buenos Aires são as regiões argentinas que apresentam os mais altos índices de fome e desnutrição infantil.
Em entrevista à EFE, Ada Jiménez, que também é colaboradora do refeitório solidário no Bairro Zavaleta, mencionou que as pessoas estão tendo que reduzir uma ou duas refeições diárias para que os alimentos durem todo o mês. Jiménez afirmou que a falta de comida afeta principalmente as crianças do bairro, que estão sofrendo de desnutrição devido à alimentação insuficiente.
“As crianças do bairro estão muito desnutridas”, prosseguiu a colaboradora. “A alimentação não é a mesma de antes, talvez porque o preço da carne esteja realmente muito alto para que seja consumida diariamente.”
Crise afeta população mais carente
A crise inflacionária argentina, agravada pelo governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, atingiu de forma brutal a população mais pobre do país, uma vez que setores econômicos com rendas mais baixas, geralmente com predominância de empregos informais, ficaram totalmente desprotegidos contra o aumento dos preços.
De acordo com a BBC, na Argentina cerca de 35% da força de trabalho está empregada de forma informal. O número de trabalhadores autônomos tem aumentado também nos últimos anos. Uma pesquisa do Instituto de Estudos do Trabalho e Desenvolvimento Econômico (Ielde), da Universidade Nacional de Salta (Unsa), com base em dados do Indec, revelou que oito em cada dez empregos criados após a pandemia de Covid-19 na Argentina são ocupados por trabalhadores não registrados ou autônomos não profissionais.
A reportagem da BBC ainda citou que em 2022, esses dois grupos representavam mais de 50% da força de trabalho do país. No entanto, nenhum deles tem seus salários ajustados de acordo com a inflação galopante.
Em entrevista à Gazeta do Povo, Marcello Marin, mestre em governança corporativa e diretor financeiro da Spot Finanças, comentou que a crise inflacionária na Argentina está afetando a população de forma severa.
“O governo argentino está em uma situação difícil, pois só consegue pagar os juros e as dívidas geradas pela própria inflação, que está em um nível muito alto e incerto”, analisou. Marin ainda explicou que a atual situação inflacionária é uma questão complexa, que vai além dos números oficiais, e que compromete o futuro das crianças do país.
De acordo com o diretor financeiro, o novo governo que assumirá a Argentina ao final deste ano terá que enfrentar vários desafios para superar a crise e resguardar o futuro dos menores de 14 anos do país.
Segundo ele, o novo governo precisará renegociar as dívidas de curto prazo, criar empregos, controlar a inflação e rever as relações internacionais. “A Argentina está dolarizada em muitos aspectos, o que dificulta a recuperação econômica. Além disso, o país está em uma situação de calote com vários credores, o que prejudica sua credibilidade”, disse.
Marin afirmou ainda que o novo governo terá que encontrar um difícil equilíbrio entre aumentar os juros e estimular o crescimento, sem deixar a inflação disparar ou a economia entrar em recessão.