INDIGNAÇÃO

Cada vez que governadores e prefeitos, dentro de mais alto cinismo e mau caratismo, dizem alto e bom tom que o ISOLAMENTO SOCIAL tem como motivo SALVAR VIDAS, a rotação do ponteiro que mede a minha indignação mais se parece com um ventilador na posição de vento máximo. 

 

SALVAR VIDAS

Ainda que já tenha comentado em editoriais anteriores volto ao tema -SALVAR VIDAS- com o propósito de mais uma vez levar esclarecimentos aos leitores de que governadores e prefeitos, assim como os ocupantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, nunca mostraram grande preocupação com a VIDA dos brasileiros.  

 

SANEAMENTO BÁSICO

Caso esta fosse, realmente, a vontade dos governantes e prefeitos, o grave problema -SANEAMENTO BÁSICO- já estaria plenamente resolvido. Vejam que no Brasil todo, a coleta de esgoto sanitário é inferior a 50% e o tratamento é de apenas 13%. Pode?

 

CANOAS E GRAVATAÍ NO RS

Vejam, por exemplo o que acontece no Rio Grande do Sul: duas cidades da Grande Porto Alegre -Canoas e Gravataí-, que além de possuírem alta densidade populacional ainda sediam empresas de grande porte, como é o caso da GM, figuram entre as 20 piores no ranking do SANEAMENTO BÁSICO. Detalhe: usei o exemplo destas duas cidades gaúchas porque muita gente ainda crê, equivocadamente, que o RS é destaque em termos de infraestrutura social. 

 

INVESTIMENTO X ECONOMIA

Ora, mais do que sabido e divulgado, para cada real investido em SANEAMENTO, quatro reais são economizados em SAÚDE. Pois, mesmo assim, os governadores e prefeitos não demonstram o menor interesse em SALVAR VIDAS. Ao contrário, preferem ver os hospitais e postos de saúde cheios e sem condições de atendimento diante da elevada demanda provocada pela falta de SANEAMENTO. 

 

 

MARCO REGULATÓRIO

Como se vê, além de não estarem minimamente interessados em SALVAR VIDAS, esses maus governadores e prefeitos vão mais fundo: querem a MORTE de EMPRESAS e de EMPREGOS. Mais: quem não MORRE por falta de SANEAMENTO acabará MORRENDO DE FOME por força do estúpido CONFINAMENTO OBRIGATÓRIO. 

Enquanto isso, o projeto que trata do MARCO REGULATÓRIO DO SANEAMENTO BÁSICO segue parado no Congresso Nacional sem que nenhum governador ou prefeito se mostre interessado na sua aprovação. Pode?