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17 set 2015

PROPINA TRIBUTÁRIA


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VALORES E PRINCÍPIOS

Ontem, ao se declarar absolutamente favorável ao retorno da CPMF, desde que a arrecadação do tributo seja repartida com os estados e municípios, o governador do RJ, Luiz Fernando Pezão, deu uma clara demonstração do quanto os -valores e princípios- estão cada vez mais raros no nosso pobre país.
 


PORTA-VOZ

Vejam que Pezão não falou por si, mas como um -REPRESENTANTE/PORTA-VOZ- eleito pela maioria dos governadores e prefeitos, que também apoiam a elevação da alíquota de 0,20%, proposta pelo governo Dilma, para 0,38% (0,10% para Estados e 0,08% para Municípios).


FALTA DE DINHEIRO???

O curioso, para não dizer lamentável, é que Pezão (apelido que ganhou por calçar sapatos número 47,5) fez uma revelação absurda aos meios de comunicação, quando disse, de PÉS JUNTOS, que a necessidade do tributo se dá por FALTA DE DINHEIRO.
 


EXCESSO DE GASTOS!!!

Ora, para quem é formado em Economia e Administração de Empresas, como é o caso do governador do RJ, dizer que FALTA DINHEIRO nos cofres públicos dos Estados e Municípios é uma excrescência. Ou mau caratismo. Seres que apenas respiram sabem, de cor e salteado, que os problemas do País, dos Estados e dos Municípios residem, EXCLUSIVAMENTE, no EXCESSO DE GASTOS, e não na ESCASSEZ DE RECURSOS. 


OLIMPÍADA E COPA DO MUNDO

Aliás, é sempre oportuno lembrar, por exemplo, que só o custo da Olimpíada de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro, deve ficar acima de R$ 36,7 bilhões. Valor maior, portanto, do que o -déficit orçamentário- do governo Dilma. Além disso, o gasto com a Copa do Mundo, custou aos cofres públicos mais de R$ 30 bilhões. Que tal?


FLANELINHAS

Lembro que no dia anterior, tanto Pezão quanto seus representados se mostravam visceralmente contrários ao tributo. A presidente Dilma, sabendo que o tecido social brasileiro está muito corrompido, não se fez de rogada: para obter apoio igualou os governadores e prefeitos aos -flanelinhas-. Acenou com uma -PROPINA TRIBUTÁRIA-. 


PARA ABRIR AS MENTES POLUÍDAS

Para abrir as mentes poluídas dos governantes que apoiam a CPMF, eis o que informa o estudo feito pelo pensador Ricardo Bergamini:

A necessidade de financiamento do governo aumentou entre 2010 e 2013. Após chegar a R$ 91,7 bilhões em 2012 (-1,9% do PIB), volta a ultrapassar o patamar de 2010 (R$ 120,65 bilhões ou (-3,1% do PIB), atingindo R$ 165,9 bilhões (-3,2% do PIB) em 2013. Neste indicador, o saldo negativo indica um déficit, que terá que ser financiado através da emissão de passivos financeiros.

Já a despesa de consumo final do governo, que são os gastos empregados em bens e serviços individuais e coletivos que as três esferas governamentais disponibilizam gratuitamente, passou de 18,3% do PIB em 2010 (R$ 710,4 bilhões) para 19% em 2013 (R$ 980,2 bilhões) na Conta Intermediária do Governo (CIG).

É o que mostra a publicação Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo, que o IBGE passa a divulgar anualmente a partir de 2015. Elaborada em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a primeira edição do estudo apresenta resultados para os anos de 2010 a 2013 para os governos federal, estaduais e municipais. O objetivo é fortalecer e aprimorar a metodologia de apuração de estatísticas de governo por meio da harmonização de conceitos e metodologias, e do compartilhamento de informações entre a STN e o IBGE.