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10 out 2007

PRIVATIZAÇÃO? ONDE?


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A IMPRENSA E OS PAPAGAIOS
A imprensa aberta, infelizmente, não toma os devidos cuidados ao divulgar certas notícias, principalmente quando tem plena consciência de que a maioria dos brasileiros tem baixa escolaridade. Pessoas que agem tal qual os papagaios repetindo tudo aquilo que viram, ouviram e leram nos meios de comunicação.
DESINFORMAÇÃO
Comunicações mal feitas resultam quase sempre em grande desinformação. Que por sua vez dificultam seriamente o entendimento de muitas questões, a ponto de não conseguir produzir qualquer efeito caso haja uma de tentativa de reparação futura.
COISA DO DEMÔNIO
Quando o assunto é -
privatizações
-, tema que já virou coisa do demônio aqui no Brasil, mais cuidado ainda deveria ter a imprensa. Não pode haver a confusão entre privatizar e fazer parceria com a iniciativa privada. São casos típicos em que sequer existe a (necessária) mal falada privatização. A impressão que resta, quando a imprensa não aceita certas decisões de governo, é de que ela prefere alimentar o demônio, incutindo na sociedade o termo privatização.
CONCESSÕES PARA MANUTENÇÃO
Vejam, por exemplo, a questão que envolveu o leilão das rodovias concedidas, ontem. Não é privatização coisa alguma. As nossas estradas, todas, continuam sendo públicas e de propriedade da sociedade brasileira. A manutenção é que passa a ser feita por empresas privadas, em regime de concessão. Que para mantê-las precisam cobrar tarifas dos usuários, ao invés de cobrar de quem não as usa. Nada mais justo, portanto.
FORMAÇÃO DO PREÇO
E o preço das tarifas, mais conhecidas por pedágio (o que já é um erro grosseiro porque deveria ter o nome de rodágio) é resultante de uma equação que envolve o volume de tráfego de veículos no trecho a ser concedido considerando o investimento exigido para manter o caminho em boas condições. Este é o cálculo que deve ser considerado na formação do preço da tarifa. E tudo deve ser fiscalizado pelos agentes de governo para que os investimentos sejam feitos de acordo com o fluxo apresentado na rodovia.
IMPOSTOS E PEDÁGIOS
Estradas não são de propriedade privada, em qualquer lugar do mundo. A conservação das mesmas, para que não fiquem sucateadas, são parcerias público-privadas adotadas em vários países. O valor que os cidadãos pagam para construir estradas saem dos impostos. A conservação das mesmas saem do bolso dos usuários, através do pagamento do pedágio.
OBJETIVOS REVOLUCIONÁRIOS
Venezuela, Brasil, Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai e Bolívia resolveram criar o Banco do Sul, que deverá funcionar já em 2008. Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela já haviam chegado a um acordo final na semana anterior, em Havana (vejam só), sobre os instrumentos de financiamento do Banco da Alba ? Aliança Bolivariana -, uma alternativa da esquerda latino-americana ao Fundo Monetário Internacional. Agora, com os demais parceiros tudo ficou decidido. Viva. Sem entrar no mérito da criação, a companhia ao menos não é nada boa. Todos os membros, liderados pela Venezuela de Chávez, onde será a sede da instituição, tem objetivos revolucionários. O que nos faz entender quais projetos serão financiados. Alguém duvida?