ÂNSIA DE VÔMITO
No último domingo, 26, o colunista da Gazeta do Povo, Lucio Vaz, publicou uma notícia do tipo que causa ânsia de vômito em qualquer ser vivo do planeta. Ainda que não seja algo surpreendente, ainda assim, movido por imensa indignação e revolta, confesso que não estou conseguindo me livrar do terrível MAU ESTAR causado pelo -DEBOCHE- promovido pelos políticos apontados na revoltante matéria jornalística, que começa informando que o senador Fernando Collor usou, criminosamente, o -CARTÃO DE CRÉDITO DO POVO BRASILEIRO- para bancar a conta de um jantar, NO VALOR DE R$ 22,800,00, para quase 100 pessoas na churrascaria Fogo de Chão, em Brasília, dia 26 de agosto. Detalhe: esta despesa, até o presente momento, é considerada a maior BOCA LIVRE da triste história do nosso empobrecido País.
SEM LIMITES
Segundo Vaz, a despesa foi tão alta que exigiu três notas fiscais, no valor médio de R$ 7,6 mil. Pelo registro dos pratos principais, foram 97 convidados, o que significa que cada conviva consumiu, em média, o valor equivalente ao último Auxílio Emergencial (R$ R$ 235). Mais: os 26 PETIT GATEAU custaram R$ 780,00, ou seja, valor igual a três Auxílios Emergenciais. Que tal?
FEITOSA
Outro que não deixa por menos é o suplente de senador Chiquinho Feitosa, que no dia 3 de novembro último substituiu Tasso Jereissati. O maldito, no dia seguinte à sua posse, tratou de fazer uma despesa -COM O MESMO CARTÃO DO IDIOTA POVO BRASILEIRO- de R$ 1.462 no restaurante Manoelzinho Portugal (quase quatro Auxílios Brasil). Foram 10 PICADINHOS À MODA RIO, no valor de R$ 690; e 10 PASTÉIS DE NATA, ao preço de R$ 249. Insatisfeito, no dia 16/11, o guloso senador foi mais além e gastou R$ 693,00 no mesmo restaurante. Aí foram OITO QUEIJNHOS DE CÉU, ao custo R$ 199. Mais: no dia seguinte, 17/11, o senador gastou mais R$ 1.372 no restaurante Coco Bambu. As duas porções de Filé à Paris custaram R$ 434 – mais que o Auxílio Brasil do governo Bolsonaro. Em 19 dias, as despesas somaram R$ 4,5 mil. Segundo informação da assessoria do senador Chiquinho, as refeições ocorreram no seu gabinete, com a participação dos assessores, para tratar das votações no Congresso. Em novembro, além do salário parcial de R$ 32,5 mil, ele também recebeu R$ 33,7 mil de ajuda de custo de início de mandato, mais conhecido como “AUXÍLIO MUDANÇA”. Mas vai ficar só quatro meses no Senado. Quando sair, receberá a ajuda de “FINAL DE MANDATO”.
PORTINHO
Tem mais: o senador Carlos Portinho, que assumiu como titular em novembro de 2020 no lugar do falecido Arolde de Oliveira, em agosto deste ano (2021) gastou R$ 1.101 no restaurante italiano Fasano Al Mare, no Rio de Janeiro, em Jantar com o secretário estadual de Planejamento e Gestão do Estado, José Luís Zamith, e equipe. Os pratos mais caros foram um Risotto di Gamberi (R$ 138) e um Tonno in Crosta (R$ 136). Em 23 de setembro, Portinho ofereceu um jantar à equipe jurídica para “alinhamento da sessão do Congresso” no restaurante Kawa, em Brasília. No valor total de R$ 1.077, o jantar teve três porções de ostras a R$ 144, dois Shake Aburi Salmão por R$ 148, três Kawa Hi a R$ 195 e uma unidade de Kawa Combinado por R$ 196. Teve ainda tempura de camarão e Arakawa com polvo.
RENAN CALHEIROS
O suplente Giordano assumiu o mandato no final de março, com a licença do senador José Serra (PSDB-SP). Em julho, gastou R$ 974 na churrascaria Fogo de Chão. Os cinco espetos adultos custaram R$ 850. Em outubro, pagou R$ 1.130 na Churrascaria Rodeio. A picanha para duas pessoas ficou por R$ 385. Em quatro meses de mandato, como mostrou o blog, Giordano havia gasto R$ 10 mil com refeições. Ele afirmou que os pedidos são feitos em respeito às normas legais, “estando restritos a compromissos de natureza política, funcional ou de representação parlamentar, nos moldes do regramento estabelecido pelo Senado”. Até novembro, já torrou R$ 26,7 mil – suficiente para pagar 67 Auxílios Brasil. O mês de maiores gastos foi outubro – R$ 5,7 mil. Ele também ganhou a ajuda de custo de início de mandato.
Ah, sem esquecer, obviamente, do senador Renan Calheiros, que nos intervalos da CPI da Covid-19 oferecia almoços generosos no seu gabinete a assessores e jornalistas convidados, com a conta chegando a R$ 900. Um dia após a criação da CPI, em 14 de abril, Renan serviu duas porções de bacalhau na brasa no valor total de R$ 540, mais duas unidades de picanha por R$ 332. sendo devidamente reembolsado pelo Senado em R$ 911.
SÓ PARA SERVIDORES
O mais lamentável nisso tudo é que os políticos, em geral, e a turma do STF em particular, sabem perfeitamente que o POVO NÃO PASSA DE INDIGNADO. Pior: não vai além da IDIGNAÇÃO. Sabendo disso ficam ainda mais à vontade para fazer o que bem entendem. Vejam que vários governadores estão concedendo aumentos de salários para os SERVIDORES, como se só eles existissem. Para o POVO, que PAGA A CONTA, nenhuma compensação é sequer apontada. Ao contrário: a conta fica cada dia mais pesada!