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07 mai 2018

OS PRESIDENCIÁVEIS E A ECONOMIA


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MEDIDAS ECONÔMICAS

Dos candidatos que aparecem, segundo as pesquisas de intenção de voto, com razoáveis condições para disputar a eleição presidencial, o que os eleitores mais esclarecidos querem saber é: 

1-que tipo de medidas econômicas cada candidato propõe;

2-se realmente são capazes de tirar a economia brasileira deste quase eterno marasmo em que se encontra.


PAULO GUEDES

Meses atrás, quando o candidato Jair Bolsonaro antecipou o nome de Paulo Guedes como seu ministro da Economia, um grande número de eleitores, que até então não tinha grande simpatia pelo capitão, ficou maravilhado com as propostas LIBERAIS apresentadas, com muita convicção, pelo excelente economista.


NOVOS PONTOS DEFENDIDOS POR PAULO GUEDES

Como o propósito é comparar propostas econômicas que estão sendo colocadas pelos economistas escolhidos pelos presidenciáveis, vale a pena relembrar os nove pontos defendidos por Paulo Guedes:

1. REFORMA POLÍTICA: adoção de cláusula de votação em bloco, conforme programa de cada partido, para garantir a governabilidade.

2. REFORMA FISCAL: Corte efetivo de gastos, para viabilizar a queda estrutural dos juros e das despesas de rolagem da dívida pública.

3. PREVIDÊNCIA: Realização/ampliação da reforma do atual sistema previdenciário e criação de sistema de capitalização, com contas individuais, para novos participantes.

4. BENEFÍCIOS: Corte de privilégios do funcionalismo e fim de isenções fiscais e de empréstimos subsidiados concedidos por bancos públicos para grandes empresas.

5. REFORMA ADMINISTRATIVA: Redução do número de ministérios, para modernização e racionalização da máquina pública.

6. FEDERALISMO: Fortalecimento da federação, com descentralização de recursos e atribuições do governo federal para os estados e os municípios, com o objetivo de aumentar a eficiência de políticas públicas.

7. BANCO CENTRAL: Independência de gestão e mandato de quatro anos para a diretoria não coincidente com o mandato do presidente da república.

8. DESESTATIZAÇÃO: Privatização de estatais e concessões de serviços públicos, com uso dos recursos para reduzir dívida pública.

9. REFORMA TRIBUTÁRIA: Simplificação do sistema com redução de alíquotas e ampliação de base de tributação.


COMPROMISSO

Mesmo sabendo que os presidenciáveis não declaram -OFICIALMENTE-  que estão dispostos a defender, com unhas e dentes, todas as propostas que seus economistas escolhidos defendem, é sempre bom ouvir para poder avaliar se, efetivamente, oferecem possibilidade real de promover a tal GRANDE VIRADA que os eleitores em geral querem para o Novo Brasil.


MAURO BENEVIDES

Como o propósito deste editorial é fazer comparações de propostas defendidas pelos economistas escolhidos pelos presidenciáveis, vejam agora os TRÊS PONTOS que Mauro Benevides Filho, economista escolhido pelo presidenciável Ciro Gomes defende, conforme declarou em entrevista concedida ao jornal Estadão neste final de semana, para a economia brasileira:

1- tributar lucros e dividendos,

2- aumentar a alíquota do imposto sobre herança; e,

3- recriar a CPMF. 


MAIS AUMENTO DE IMPOSTOS

Como são 22 os candidatos ainda há muitas coisas para serem ditas e comparadas em termos de propostas defendidas pelos economistas ou pelos próprios presidenciáveis. Entretanto, como vivemos num país que conjuga uma lamentável e assustadora ALTÍSSIMA CARGA TRIBUTÁRIA com BAIXÍSSIMA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, o que menos os eleitores querem (imagino) é mais aumento de impostos.


REDUÇÃO DE DESPESAS

Como se vê até agora, o candidato Ciro Gomes não contesta minimamente as declarações feitas pelo seu economista preferido. Também faz silêncio absoluto quanto ao fato de que Mauro Benevides não tenha defendido propostas que tenham como objetivo a REDUÇÃO DE DESPESAS PÚBLICAS.