RISCO BRASIL
Lá por junho e julho de 2002, pouco antes, portanto, das eleições para presidente, o mercado brasileiro identificava com muita clareza o que representava o Risco Lula. A forma de medição de uma possível tragédia estava identificada pelo preço do dólar, que beirava os R$ 4,00, e pelo altíssimo valor do nosso risco-país, cotado pela Moodys, chegando a quase 3 mil pontos. Esta situação deixava muita gente preocupada e outros plenamente satisfeitos.
OS XIITAS
Para quem vive n RS, berço do petismo de laboratório, era nítida a felicidade estampada nas faces dos xiitas do partido. A certeza deles era de que, tão logo Lula fosse empossado, a primeira atitude presidencial seria a decretação de um calote da dívida externa e logo adiante também da dívida interna. Além disso, o imposto de renda progressivo (como se o atual nao fosse assim) já estava pronto para ser colocado em prática.
SEM IDEOLOGIA
Na medida em que o tempo foi passando, felizmente, as coisas foram tendo outros contornos. Os entusiasmados de outrora foram se tornando os frustrados do presente. E os menos esperançosos passaram a se surpreender positivamente com as atitudes equilibradas dedicadas à macroeconomia do país. E o resultado, depois de quase quatro anos aí está. Uma prova de que se a macroeconomia, em qualquer lugar do mundo, nao pode ser ideológica, aqui também ocorreu o mesmo fenômeno.
REAÇÃO DO MERCADO
Na última sexta feira, 10, o mercado reagiu de forma espontânea e sem reparos: bastou o governo brasileiro anunciar que vai recomprar 20 bilhões de dólares em títulos da dívida externa e o risco-Brasil despencou brilhantemente. Algo nunca visto, que ganhou mais impulso ainda depois da liquidação antecipada das contas com o FMI, e informar a mesma pretensão junto ao Clube de Paris.
INTELIGÊNCIA
Por mais equívocos que o governo petista vem demonstrando, passando pelos lamentáveis atos de corrupção que entraram para a história do PT como o partido mais corrupto do mundo, a equipe econômica vem trabalhando com muita inteligência e nada de ideologia. O que agrada a todos que gostam e apreciam o mercado e muitos dos que não suportam o capitalismo. Os únicos que não estão gostando disto tudo são os petistas gaúchos que gostariam de ver o circo pegar fogo e que tudo fosse desmantelado.
E A DÍVIDA INTERNA?
Ainda nao sei qual será o próximo lance do BC. Principalmente para a nossa dívida interna. O que se sabe, com certeza, é que ela precisa ter seu prazo aumentado para não comprometer as contas públicas. Como o Brasil não mostra vocação no legislativo para fazer reformas, que ajudariam a promover mais investimentos e uma forte diminuição relativa da dívida sobre o PIB, vou continuar me manifestando para acordar os dorminhocos. Uma coisa, porém, é certa: no Brasil, o nosso Legislativo é hoje bem pior do que o Executivo. Podem crer.
SINDUSCON
O presidente do Sinduscon/RS, eng. Carlos Alberto Aita, concederá entrevista à imprensa às 10h da próxima quarta-feira, 15, no Hotel Plaza São Rafael. Irá falar sobre os reflexos das recentes medidas anunciadas pelo governo para incentivar a produção de habitações e o volume de recursos que serão direcionados para o setor.
VOSSA
Nesta quinta, dia 16, Carlos Gerdau Johannpeter apresenta ao mercado a Vossa - Empresa de Estratégia e Comunicação.
PARCEIROS VOLUNTÁRIOS
?O que é ser voluntário? é o tema do encontro que acontece hoje em Belo Horizonte onde a presidente da ONG Parceiros Voluntários, Maria Elena Pereira Johannpeter, é palestrante.Maria Elena fala sobre o tema ?Usando o capital social para o desenvolvimento da comunidade?.