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10 set 2004

OS ELOGIOS, O RATING E AS EXPLICAÇÕES


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MELHORA?
Não são poucos os economistas estrangeiros que estão elogiando o Brasil ultimamente. A agência Moody?s, por motivos exclusivamente técnicos, reconhecendo melhora nas nossas exportações e menor dependência de capital externo, também elevou a nossa nota no rating, passando de B2 para B1. Com isso ganhamos um ponto na classificação de risco-país. Excelente. Mas, isto precisa ser bem entendido para não passar uma impressão de que os nossos problemas estão resolvidos. Não estão e estamos muito longe de vê-los equacionados. Como somos uma sociedade com elevado índice de sentimentalismo, basta alguém elogiar para que a nossa auto-estima vá às nuvens. E basta, também, alguém criticar e viramos uma fera. Discordamos sempre quando nos colocam numa posição de fragilidade e desconfiança. E imediatamente reagimos procurando algum culpado por isso. Ou seja, sempre há alguém responsável pelas nossas mazelas.
PELOTÃO DE BAIXO
Analisando as tabelas de classificação, adotados pelas principais agências classificadoras de risco, vê-se que mal passamos à frente da Venezuela. Estamos, entretanto, colocados no pelotão dos países que tem ?RISCO MAIOR?, juntos com o Suriname, Turquia e Vietnã. É brabo, não? E para chegar ao pelotão de cima (risco menor) a estrada é longa. É preciso galgar quatro posições à frente para chegar ao último lugar entre aqueles que tem RISCO MENOR. Portanto, não seria uma posição invejável, só mais confortável. Estaríamos aí na companhia da China, México, Chile, Índia. É preciso que antes de lançar impropérios e insultos às agências, ou fazer afirmações de que elas estão erradas, devemos examinar onde estão as nossas dificuldades para conviver com gente mais confiável. Sem receios e sem constrangimentos. Só isso.
ACOMPANHANDO A DÍVIDA
Aproveitando os estudos enviados pelo Prof. Bergamini, aí vão os números fechados, até julho de 2004, da nossa Dívida Pública, Privada e total.1 -A Dívida Mobiliária Interna (em poder do mercado) ficou em US$ 739 bilhões.2 -A Dívida Mobiliária Interna (em poder do BC, portanto, aquela não colocada no mercado), fechou em US$ 300 bi.3 -A Dívida Externa do Setor Privado alcançou US$ 102, 6 bi4 -e a Dívida Externa do Setor Público, US$ 120 bi, totalizando US$ 222, 7 bi.5 -Total da Dívida: US$ 1,261 trilhão.6 -Cabe ressaltar que na Dívida Pública estão contempladas as dívidas dos Estados e Municípios, que foram renegociadas, e que representou, em julho,
COPOM
Se eu fizesse parte do Copom certamente que votaria pela elevação da taxa de juros básicos. Sem qualquer hesitação. A inflação precisa ser administrada, já que não pode ser debelada. E os instrumentos disponíveis estão sendo usados corretamente. Aliás, os elogios feitos ao Brasil se devem à política econômica implementada com seriedade. Não são as belas praias e a paisagem que podem mudar os juros. São o comportamento dos preços e a vontade que muitos agentes tem de vê-los aumentando.
O AVANÇO DO GERDAU
É fantástico o avanço do grupo Gerdau no exterior. Depois de já ter feito investimentos pesados no Chile, Canadá e EUA, está ampliando ainda mais sua força em território americano. Desta vez, de uma tacada só, adquiriu quatro usinas produtoras de aços longos, três unidades de processamento de fio-máquina e uma produtora para indústria de mineração. Dá-lhe Gerdau. Enquanto alguns se queixam dos americanos, outros, mais inteligentes, vão lá concorrer, produzir e vender. Os acionistas agradecem.
FURACÕES
Neste ano, os furacões que atingem o caribe levam nomes de pessoas do sexo masculino. Este último, que tem o nome de Ivan, deve ser considerado um dos mais violentos, embora o anterior, Frances, também tenha sido devastador. A expectativa é de faça muitos estragos também em Cuba. Duvido que torne a Ilha pior do que Fidel já conseguiu no seu período longo de ditadura. Aí está, quem sabe, uma boa oportunidade para batizar o próximo furacão, de Fidel. Ou Castro. Seria uma homenagem justa e equivalente daquilo que representam os ventos destruidores e a ditadura comunista de El Jefe. Que tal?
GESTAPOS
Confesso que não sou o mais indicado para falar de KGB e de Gestapo. Neste particular, o ministro Dirceu tem muito mais experiência. É do ramo. Quem já fez plástica para viver disfarçado e sabe do que está falando. Mas quando diz que o MP, pela sua atuação, pode se transformar em pequenas Gestapos, não exagera. Uma delas é do conhecimento de todos, tendo como líder o procurador Luiz Francisco. O que intriga é o lado em que está Dirceu. Quando estava no ataque era um estimulante da nossa Gestapo. Agora que está na defesa, por saber muito bem aquilo que foi feito, quer acabar com o sistema. O que é necessário? Acabar com os dois. Ambos são perigosos. Demais.
ESCOLA
O Colégio Farroupilha, de Porto Alegre, está planejando a implantação da sua primeira unidade para atender crianças carentes. A partir da reconstrução do prédio da antiga Escola Estadual Ten. Cel. Correia Lima, o Farroupilha atenderá centenas de crianças carentes do Bairro Santa Teresa, de Porto Alegre. Esta unidade de ensino contará com a implantação de novo projeto pedagógico e funcionará dentro da sede do CPOR/POA. No local onde funcionava a velha Escola será construído um novo prédio onde funcionará a nova unidade do Farroupilha. Parabéns.