LEMBRANDO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS
Para que não caia no esquecimento faço questão de lembrar tudo que escrevi durante a GREVE DOS CAMINHONEIROS, cuja paralisação provocou (1) um fenomenal DESABASTECIMENTO, e (2) projetou um fantástico ESTRAGO na economia do nosso empobrecido Brasil, como já está sendo demonstrado.
LÓGICA DO RACIOCÍNIO
Lembro também da pesquisa -eletrônica- feita pelo Instituto Methodus, na qual 86% dos brasileiros -EMOCIONADOS- emprestaram irrestrita SOLIDARIEDADE aos caminhoneiros. Na ocasião deixei claro que integrava, de corpo e alma, o grupo (12%) dos contrários, que preferiu usar a LÓGICA DO RACIOCÍNIO (2% indicaram não ter opinião formada, segundo a pesquisa).
MUITA MEDICAÇÃO
Ainda que o resultado final da encrenca nunca seja totalmente conhecido, pois muitas empresas não conseguirão sobreviver ao estrago provocado pela PARALIZAÇÃO, o fato é que aqueles que conseguirem ganhar fôlego para continuar existindo serão obrigados a carregar um enorme passivo, cuja digestão será muito complicada.
BINGO!
O que estamos assistindo agora, passados exatos 30 dias do início da greve, é que o povo brasileiro como um todo, e não só os inconsequentes 86% que apoiaram a paralização, está sendo atingido bem de acordo com o que previam os poucos que usaram apenas a RAZÃO e/ou a LÓGICA DO RACIOCÍNIO. Bingo!
RESULTADO PRÉVIO
O resultado da encrenca, ainda que parcial, já está escancarado, sem surpresas:
1- muitas empresas foram obrigadas a DESEMPREGAR;
2- outras (como é o caso da BRF) estão concedendo férias coletivas sem saber se poderão manter seus empregados;
3- a inflação -DE CUSTOS- disparou;
4- inúmeros investidores perderam a confiança na economia brasileira...
SWAP CAMBIAL E AGENDA REFORMISTA
Ah, sem considerar o esforço concentrado do Banco Central, que através dos leilões de SWAP CAMBIAL tenta de todas as formas conter a saída de dólares do país. Estas operações, para quem não sabe, são de prazo curto. Segundo informa a Bloomberg, em agosto vencem US$ 14 bilhões; e em outubro, quando os brasileiros
escolhem o novo presidente, vencem mais US$ 9,8 bilhões.
Nada impede que o BC faça as rolagens dos vencimentos, mas a pressão no câmbio poderá se ampliar no caso de agravamento da volatilidade externa ou piora das incertezas políticas. Esses fatores poderiam fazer a demanda, por ora concentrada na procura por hedge e atendida com leilões de swap, evoluir para a compra de dólar para remessas, obrigando o BC a ter de intervir no mercado à vista, com leilões de linha cambial ou de dólares das reservas.
Para o ex-diretor do BC, Alexandre Schwartsman, pode haver fuga de capitais antes de “a ficha do mercado cair 100%” sobre risco de vitória nas eleições de um candidato não reformista. Basta ficar muito forte no mercado a ideia de Ciro Gomes X Jair Bolsonaro no segundo turno. “A gente tem certeza que nenhum
deles fará as reformas. Cenário sem reformas é cenário em que trajetória de dívida é problemática”.