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21 jun 2018

OS EFEITOS ESTÃO APARECENDO SEM SURPRESAS


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LEMBRANDO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS

Para que não caia no esquecimento faço questão de lembrar tudo que escrevi durante a GREVE DOS CAMINHONEIROS, cuja paralisação provocou (1) um fenomenal DESABASTECIMENTO, e (2) projetou um fantástico ESTRAGO na economia do nosso empobrecido Brasil, como já está sendo demonstrado.


LÓGICA DO RACIOCÍNIO

Lembro também da pesquisa -eletrônica- feita pelo Instituto Methodus, na qual 86% dos brasileiros -EMOCIONADOS- emprestaram irrestrita SOLIDARIEDADE aos caminhoneiros. Na ocasião deixei claro que integrava, de corpo e alma, o grupo (12%) dos contrários, que preferiu usar a LÓGICA DO RACIOCÍNIO (2% indicaram não ter opinião formada, segundo a pesquisa). 


MUITA MEDICAÇÃO

Ainda que o resultado final da encrenca nunca seja totalmente conhecido, pois muitas empresas não conseguirão sobreviver ao estrago provocado pela PARALIZAÇÃO, o fato é que aqueles que conseguirem ganhar fôlego para continuar existindo serão obrigados a carregar um enorme passivo, cuja digestão será muito complicada.


BINGO!

O que estamos assistindo agora, passados exatos 30 dias do início da greve, é que o povo brasileiro como um todo, e não só os inconsequentes 86% que apoiaram a paralização, está sendo atingido bem de acordo com o que previam os poucos que usaram apenas a RAZÃO e/ou a LÓGICA DO RACIOCÍNIO. Bingo!


RESULTADO PRÉVIO

O resultado da encrenca, ainda que parcial, já está escancarado, sem surpresas: 

1- muitas empresas foram obrigadas a DESEMPREGAR;

2- outras (como é o caso da BRF) estão concedendo férias coletivas sem saber se poderão manter seus empregados;

3- a inflação -DE CUSTOS- disparou;

4- inúmeros investidores perderam a confiança na economia brasileira...


SWAP CAMBIAL E AGENDA REFORMISTA

Ah, sem considerar o esforço concentrado do Banco Central, que através dos leilões de SWAP CAMBIAL tenta de todas as formas conter a saída de dólares do país. Estas operações, para quem não sabe, são de prazo curto. Segundo informa a Bloomberg, em agosto vencem US$ 14 bilhões; e em outubro, quando os brasileiros
escolhem o novo presidente, vencem mais US$ 9,8 bilhões.

Nada impede que o BC faça as rolagens dos vencimentos, mas a pressão no câmbio poderá se ampliar no caso de agravamento da volatilidade externa ou piora das incertezas políticas. Esses fatores poderiam fazer a demanda, por ora concentrada na procura por hedge e atendida com leilões de swap, evoluir para a compra de dólar para remessas, obrigando o BC a ter de intervir no mercado à vista, com leilões de linha cambial ou de dólares das reservas.     

Para o ex-diretor do BC, Alexandre Schwartsman, pode haver fuga de capitais antes de “a ficha do mercado cair 100%” sobre risco de vitória nas eleições de um candidato não reformista. Basta ficar muito forte no mercado a ideia de Ciro Gomes X Jair Bolsonaro no segundo turno. “A gente tem certeza que nenhum
deles fará as reformas. Cenário sem reformas é cenário em que trajetória de dívida é problemática”.