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01 out 2019

O RELATO DE JANOT


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NADA MENOS QUE TUDO

Ontem à noite -devorei- o livro -NADA MENOS QUE TUDO-, onde o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relata, de forma bastante pormenorizada, nas 256 páginas da obra, tudo que viu, e decidiu, desde o momento em que a Operação LAVA-JATO foi deflagrada.


EMPATIA

Quem se dispõe a ler o RELATO DE JANOT fazendo uso da EMPATIA, ou seja, colocando-se no lugar do autor para entender melhor os -bastidores da operação que colocou o sistema político brasileiro em xeque- revelados pelo o ex-procurador-geral da República, por mais que já saiba a respeito dos casos de CORRUPÇÃO que se tornaram públicos no nosso empobrecido Brasil, imagino que, assim como eu, ficará impressionado com os pormenores ali descritos.


ORDEM CRONOLÓGICA

No meu entendimento, a narrativa se torna interessante porque inicia e termina obedecendo uma ordem cronológica das investigações dos suspeitos, onde algumas acabaram sendo arquivadas exclusivamente por falta de provas, nunca pelo convencimento de que os envolvidos eram inocentes.


AMIGOS DO PEITO

Um dos pontos que mais impressiona no RELATO DE JANOT é que enquanto o povo brasileiro festejava o sopro de justiça alcançado com as diversas operações deflagradas, os procuradores recebiam ameaças perigosas e constantes, quer dos próprios investigados e/ou de seus representantes, quer dos Poderes Constituídos, notadamente, como se sabe, por parte de certos ministros do STF que usam da sua força -descomunal- para livrar certos criminosos -AMIGOS DO PEITO-. 


ATORES IMPORTANTES

De tantos atores que fizeram da Operação Lava-Jato um verdadeiro sucesso, Rodrigo Janot aponta como figura fundamental, além do trabalho exercido pela FORÇA TAREFA e pelo juiz Sérgio Moro, o então senador Delcídio do Amaral, que na ocasião desempenhava o papel de líder do governo Dilma Petista no Senado.

A gravação -áudio e vídeo- dando conta de uma trama armada por Delcídio para levar Nestor Cerveró para a Espanha fez com que Teori Zavascki autorizasse a prisão do senador, coisa que culminou numa delação altamente comprometedora. Ali, entende Janot, foi a pá de cal que acelerou o fim do governo Dilma.


ACESSO AO LIVRO

Janot relata: - Na Espanha, Cerveró seria novamente um homem livre, fora do alcance da polícia brasileira. O ex-diretor tem cidadania espanhola e não poderia, em tese, ser mandado de volta para o Brasil. Mais: a família de Cerveró seria generosamente amparada: seu filho, Bernardo Cerveró, receberia R$ 50 mil no ato do acordo e os outros familiares teriam uma mesada de igual valor por tempo indeterminado. Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, seria agraciado com R$ 4 milhões para vetar a delação do cliente ou, em último caso, impedir que o ex-diretor incluísse o nome de Amaral e de André Esteves, do banco BTG Pactual, num eventual acordo de colaboração. Parte dos custos seriam bancados por Esteves, segundo relatou mais tarde Bernardo Cerveró.

Interessados na obra - NADA MENOS QUE TUDO- podem comprar pelo site (www.planetalivros.com.br) ou acessar o conteúdo que se encontra disponível nas redes sociais . Estou convencido de que entenderão as razões para querer acabar com Gilmar Mendes. De novo: a empatia leva a tanto.


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