EDITORIAL DE ONTEM, 15
No meu editorial de ontem,15, - AFINAL, QUEM DITA O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS?- tratei de esclarecer que na medida em que a Petrobras vai se desfazendo das suas refinarias, a tarefa de estabelecer os preços de venda dos derivados de petróleo deixa de ser da estatal, que até recentemente era praticamente a única que atuava no ramo de refino. Assim, cada empresa -refinadora-, de acordo com a sua livre vontade e interesse, passa a cuidar do seu negócio. Como tal, trata de informar por quanto está disposta a vender seus produtos derivados do petróleo.
REFINARIA MATARIPE
Pois hoje, 16, para minha alegria, a REFINARIA MATARIPE, que a Petrobras vendeu recentemente para o FUNDO DE INVESTIMENTO ÁRABE MUBADALA, informou que -NÃO VAI SEGUIR OS REAJUSTES ANUNCIADOS PELA PETROBRAS-, refletindo, assim, tudo aquilo que referi no meu editorial. A REFINARIA MATARIPE, de acordo com o Sindicato do Comércio de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia), informa que terá uma POLÍTICA DE PREÇOS INDEPENDENTE DA PETROBRAS. Assim, achou por bem que não repassaria a queda de 3% no preço da gasolina anunciada pela sua CONCORRENTE -Petrobras-. Que tal?
COMPETITIVA
Sabem o que isto significa? A resposta é simples e altamente benéfica para todos: é a -CONCORRÊNCIA-, o -LIVRE MERCADO-, que neste ramo de negócio chamado DERIVADOS DE PETRÓLEO, começam a dar sinais de vida e/ou existência no nosso empobrecido Brasil. Segundo informa a empresa ACELEN, escolhida pela Grupo Mubadala para administrar a REFINARIA MATARIPE, a política comercial da empresa é ser COMPETITIVA, “amparada em critérios técnicos e transparentes”. A empresa explicou que observa as oscilações naturais do mercado, “permitindo aos nossos clientes terem visibilidade e previsibilidade dos preços”. Maravilha!!!!
REFORMA ADMINISTRATIVA
Feito este esclarecimento, pulo para um outro tema que trata dos elevados CUSTOS DO ESTADO BRASILEIRO. Pois, por incrível e escancarada negligência e/ou má vontade do PODER LEGISLATIVO, o Brasil, e não o atual governo, não consegue emplacar e nem mesmo fazer andar a mais do que necessária REFORMA ADMINISTRATIVA, considerada, em prosa, verso e tudo mais, uma das principais propostas econômicas do país.
DUAS CLASSES DE BRASILEIROS
Mesmo sendo absolutamente necessária, pelo fato de poder criar um novo regime de vínculos empregatícios, mudar a organização da administração pública e encerrar alguns benefícios absurdos do setor público, a PEC encontra uma resistência ímpar no Congresso Nacional. Ou seja, é a prova -provada- de que o Poder Legislativo impõe a existência de DUAS CLASSES DE BRASILEIROS: a PRIMEIRA CLASSE, integrada por privilegiados servidores públicos; e, a SEGUNDA CLASSE, formada pelos demais cidadãos cujo DEVER é o de SUSTENTAR a PRIVILEGIADA -PRIMEIRA CLASSE-. Diante desta triste realidade, a votação da REFORMA ADMINISTRATIVA já foi empurrada para 2023. E lá adiante, infelizmente, será empurrada para 2100...