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05 jan 2021

O MERCADO DE AÇÕES: A BOLA DA VEZ


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BALANÇOS

A cada encerramento de mês, semestre ou ano, o que mais se vê são divulgações dos costumeiros balanços, com dados numéricos que identificam o comportamento dos principais (ou mais líquidos) ativos financeiros, como índices das Bolsa de Valores, inflação medida por diversos indicadores, câmbio, renda fixa, poupança, ouro, bitcoin, CDI, etc...


FATOR PANDEMIA

Como o ano de 2020 foi atingido em cheio pela PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, esta prática de verificação e comparação da trajetória de preços e cotações dos mais diversos ATIVOS FINANCEIROS ganhou uma importância adicional face à forte desvalorização cambial, da baixa taxa de juros (Selic) e, notadamente, pela alta da inflação que teve como ator principal a elevação dos preços dos alimentos. 


MERCADO DE AÇÕES

Como muita gente, a maioria, infelizmente, influenciada pela nojenta MÍDIA ABUTRE, encerrou 2020 se perguntando se a pontuação do ÍNDICE BOVESPA, que fechou o ano próximo dos 120 mil pontos, representava um risco elevado para os investidores mais propensos a comprar AÇÕES, cuja motivação se baseia na pouco atrativa TAXA DE JUROS que sequer estão conseguindo superar a taxa de inflação. 


IBOVESPA EM REAIS E EM DÓLAR

Pois, para estes -influenciados- é importante que fique bem claro que o ÍNDICE BOVESPA encerrou 2020 da seguinte forma: em REAIS (para quem estava comprado no dia 01/01/2020), o desempenho foi simplesmente PÍFIO, ou seja, apenas de 2,92%; já em DÓLAR, aí o resultado foi EXTREMAMENTE NEGATIVO, com QUEDA DE 22,06%. Com um importante detalhe: foi o pior desempenho entre os principais mercados acionários da América Latina. 


PAÍSES LATINOS

Em termos comparativos com alguns países latinos, em DÓLAR, o IBOVESPA (-22,06%) mostrou um desempenho pior do que o ÍNDICE COLCAP, da Colômbia (-17,65%); do ÍNDICE MERVAL, da Argentina (-11,43%), do ÍNDICE S&P BLV , do Peru (-10,20%); do ÍNDICE IPSA, do Chile (-8,41%) e do ÍNDICE FTSE, BIVA, do México (-2,33%). Isto significa, com toda clareza, que o MERCADO DE AÇÕES BRASILEIRO é de BAIXÍSSIMO RISCO. Melhor: a considerar que as REFORMAS vão andar por pura necessidade, o espaço para a recuperação dos preços das ações é enorme.