DOIS PODERES
Ainda que esteja escrito na Constituição Federal que a República Federativa do Brasil é um país que possui TRÊS PODERES (Executivo, Legislativo e Judiciário), cada um atuando de forma INDEPENDENTE, eis que tão logo Jair Bolsonaro assumiu a Presidência do País, como CHEFE DO EXECUTIVO, este PODER passou a ser exercido, ora pelo LEGISLATIVO, ora (maior parte do tempo) pelo JUDICIÁRIO.
EXERCER AUTORIDADE
Vejam, antes de tudo, que sob o ponto de vista conceitual, PODER é o DIREITO de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto, EXERCER AUTORIDADE. Ou seja, quando os eleitores vão às urnas e, por maioria de votos, definem quem vai governar o País como CHEFE DO EXECUTIVO é porque estão convencidos de que os projetos e programas que foram apresentados e defendidos ao longo da campanha eleitoral são importantes e necessários para o Brasil.
DUAS VIAS
Esta é a lógica, ou a essência que faz da eleição um processo democrático de escolha, tanto da pessoa quanto do programa. Mais: caso o escolhido (presidente) mude de ideia e resolva não honrar com os compromissos assumidos na campanha, aí cabe aos PODERES - LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO o DEVER de resolver o impasse, que pode ser pela via da OBRIGAÇÃO de fazer o que foi PROPOSTO, ou, se houver recusa, pela via do IMPEACHMENT. Simples assim!
MONSTRENGO
Pois, por incrível que possa parecer, o que mais chamou a atenção nestes dois anos de governo Bolsonaro, é que quase TUDO AQUILO que está colocado no PLANO DE GOVERNO, que está respaldado como PROMESSAS FEITAS AOS ELEITORES, quando não é propositadamente deixado de lado e a duras penas consegue ir à votação nos Plenários da Câmara e do Senado é porque virou um MONSTRENGO totalmente DESFIGURADO da proposta original.
PODER SEM LIMITES
Se já não fosse o bastante os INCRÍVEIS OBSTÁCULOS que passaram a ser colocados pelo PODER LEGISLATIVO, quando o PODER JUDICIÁRIO entra em cena, notadamente a CORTE SUMPREMA, que simplesmente encerra a questão, aí o que o atônito povo brasileiro começou a assistir, quase que diariamente a partir do momento em que Bolsonaro assumiu a presidência, é que tem IMPORTÂNCIA ZERO o que mandam as leis e, principalmente, a Lei Maior escrita na Constituição. Ou seja, quem claramente passou a EXERCER O PODER EXECUTIVO foi o PODER JUDICIÁRIO. SEM QUALQUER LIMITE.