URGENTE, INADIÁVEL E IMPRORROGÁVEL
Segundo informam todos os dicionários que existem no nosso planeta, a palavra EMERGENCIAL significa URGENTE, INADIÁVEL, IMPRORROGÁVEL. Ora, se for considerado que no ano passado, quando foi protocolada, a PEC 186/2019 foi batizada -PEC EMERGENCIAL-, este indicativo de PRESSA levou o pobre e ingênuo povo brasileiro a acreditar que esta proposta deveria ser tratada pelo Congresso Nacional como algo realmente URGENTE, INADIÁVEL e IMPRORROGÁVEL.
ADIADO PARA 2021
Ledo engano. Como já referi no Editorial de ontem, o -ADIAR- é o verbo mais conjugado no nosso Brasil, notadamente no fétido ambiente do Poder Legislativo. A propósito, observem que horas depois que o senador Roberto Rocha, presidente da Comissão Mista de Reforma Tributária, anunciou o ADIAMENTO da apreciação da REFORMA TRIBUTÁRIA para, em princípio -até o dia 31 de março de 2021, o senador Márcio Bittar, relator da PEC EMERGENCIAL(??), que cria “gatilhos” a serem acionados sempre que a regra de ouro for descumprida, também declarou que a mesma foi ADIADA para 2021. Que tal?
PEC EMERGENCIAL
Como se vê, nem a palavra EMERGENCIAL, que define PRESSA e/ou URGÊNCIA, é minimamente respeitada no nosso País. Assim, a título de colaboração com os dois senadores ADIADORES, proponho que substituam o nome da referida PEC: ao invés de ser chamada PEC EMERGENCIAL, face ao estúpido adiamento tem tudo para ser conhecida como PEC IMERGENCIAL, que significa PRORROGÁVEL, ADIÁVEL, DISPENSÁVEL.
LEIS DAS LICITAÇÕES E MARCO REGULATÓRIO DO GÁS
Mas, em meio a tanto descaso com a debilitada saúde do nosso Brasil, ontem tivemos duas boas notícias: uma delas diz respeito a aprovação, no Senado, ainda que bastante desfigurada pelos bisturis do grupo de senadores ideologicamente identificados com o atraso, da NOVA LEI DE LICITAÇÕES; outra trata-se da aprovação do texto-base do MARCO REGULATÓRIO DO GÁS. Esta importante lei, em função das alterações ainda precisa voltar para ser apreciada na Câmara. O que se espera, no entanto, ainda que sem muita esperança, é que a Câmara não empurre o caso para 2022...
O BEM QUE PRODUZ A PRIVATIZAÇÃO
Para finalizar, eis aí um texto que extraí da entrevista que o CEO da empresa -privada- BR DISTRIBUIDORA, Rafael Grisolia, concedeu ao canal NeoFeed:
QUAL FOI O TAMANHO DA REESTRUTURAÇÃO DA EMPRESA?
Tínhamos uma empresa (quando ainda era uma ESTATAL) de 5,4 mil funcionários. Hoje, controlada pela INICIATIVA PRIVADA (PRIVATIZADA, portanto), temos 3,7 mil funcionários. Além disso, em redução de despesas, chegamos a R$ 700 milhões por ano. E, falando de rentabilidade, fazíamos um Ebitda de R$ 2,8 bilhões e agora estamos fazendo perto de R$ 3,5 bilhões. Mas esperamos um Ebitda ainda melhor, superando R$ 4 bilhões para os próximos anos.
ALÉM DA QUESTÃO FINANCEIRA, O QUE MUDOU NA EMPRESA?
Essa evolução que conseguimos construir passa pelos elementos financeiros, mas tem que estar muito presente no elemento de ter uma BR com imagem de um posto bacana, entregar valor para o revendedor que vai além do preço como a parceria que fizemos com a AME digital. Ela nasceu da necessidade da crise da covid-19 porque não tínhamos um meio de pagamento touchless para a nossa revenda. Fizemos uma concorrência, selecionamos eles e estamos desenvolvendo uma parceria com a Lojas Americanas para a rede de lojas de conveniência.