JORNAIS E REVISTAS
Dando continuidade à animada conversa que mantive por quase duas horas com os empresários europeus, como referi ontem, bem antes que se mostrassem céticos quanto às minhas informações sobre o Mensalão e à economia brasileira, julguei importante mostrar os jornais e revistas que havia comprado no aeroporto antes de embarcar para a Itália.
NOTEBOOK ABERTO
Para que não pairasse mínima dúvida fiz questão de abrir o meu notebook para que, livremente, pudessem ler tudo que escrevi ao longo desses anos, sobre os temas dessa da nossa boa conversa.
VENDEDOR DE ILUSÕES
Quando o assunto foi para a Economia, com tristeza e constrangimento fui obrigado a dizer que tanto os brasileiros quanto os estrangeiros foram vítimas de um grande blefe, protagonizado pela equipe econômica dos governos Lula/Dilma. Agindo como um legítimo VENDEDOR DE ILUSÕES, o governo petista, de forma escancarada, anunciou ao longo desses dois últimos anos que o crescimento da economia brasileira ficaria acima de 4%.
PIB ENCOLHIDO
Pois, como todos já sabem, em 2011, o PIB cresceu míseros 2,7%. E, em 2012, a cada semana que passa a expectativa de crescimento encolhe. A última previsão, que saiu nessa segunda-feira, já mostra que o crescimento será mais do que pífio: apenas 1,57%. Com grandes chances de chegar a 1,2%. Que tal?
PIB PIADA
Como havia uma edição do Financial Times à disposição dos visitantes da Villa Miragalli, um dos empresários mostrou o artigo escrito pelo jornalista Jonathan Wheatley, com o título: PIB do Brasil entra no território da piada. Que tal? Aliás, o próprio Wheatley também lembra que o ministro Mantega chegou a projetar uma expansão de 4% para a economia brasileira neste ano; e que outras economias da América Latina, como Chile, Peru e México e Colômbia, estão crescendo mais do que o Brasil. E aponta, como causas, as políticas mais abertas e menos protecionistas.
RELATO COM PROVAS
Bem, depois que encerrei o meu relato repleto de provas, aí não teve jeito: os italianos, principalmente, constataram que não se tratava de um comentário ideológico sem base, feito por um comunicador que pudesse estar de má vontade para com o governo brasileiro petista.
TIGANELLO 2007
Encerrada minha participação pedi a um dos italianos que comentasse a situação de seu país. Pois, neste exato momento todos os empresários riram, se desculparam e disseram que tinham compromisso marcado nas suas empresas. Só não conseguiram esconder uma clara sensação de alívio, que dava a entender que o Brasil continua longe de ser um país confiável e/ou com vocação para a seriedade. Pode? Como a conversa acabou ali fui tratar de algo bem mais importante: almoçar um linguine ai frutti di mare, acompanhado de uma (na realidade foram duas) taças de vinho Tiganello 2007. Que tal?