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18 nov 2020

O BRASIL AGONIZA NA MACA


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AGONIA PERMANENTE

Como se vê, muito por questões culturais e, principalmente de relaxamento e/ou má vontade dos nossos LEGISLADORES (federais, estaduais e municipais), que têm o real e soberano poder de autorizar e aprovar as propostas do Poder EXECUTIVO, sempre há coisas muito mais importantes para se preocupar antes de dar a devida e urgente atenção ao cada dia mais AGONIZANTE ESTADO DE SAÚDE ECONÔMICO/FINANCEIRO do nosso empobrecido Brasil, quer seja federal, estadual e em muitos casos municipal. 


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Pois, nem mesmo a escancarada e brutal CRISE FISCAL, cuja deterioração das contas públicas é visível por todos os cantos, consegue mexer com os sentimentos dos nossos congressistas, que simplesmente deram as costas para o grande e real problema alegando, desta vez, que as ELEIÇÕES MUNICIPAIS são muito mais importantes do que qualquer outro assunto. 


REFORMAS

Esta cultura de sempre preferir o DESVIO, ou o caminho PROVISÓRIO, já se tornou MARCA REGISTRADA na cabeça da grande maioria dos nossos políticos. Com isso, as propostas de REFORMAS - TRIBUTÁRIA E ADMINISTRATIVA-, que se bem feitas podem atrair investimentos para o nosso país, seguem paralisadas, a espera do fim das Eleições Municipais. Ou seja, até o dia 29/11 não há a mínima perspectiva de qualquer andamento.


UM TRILHÃO NO CURTO PRAZO

Vejam que nem mesmo o perigosíssimo perfil da DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que em função da PANDEMIA deve passar de UM TRILHÃO DE REAIS no CURTO PRAZO (2,4 anos), consegue mexer minimamente com os sentimentos dos nossos congressistas, que têm como líderes Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.  Pouco ou nada importa, para esses maus brasileiros, que o Tesouro Nacional tem de pagar mais que o dobro da Taxa Selic (2%) para vender TÍTULOS DA DÍVIDA com vencimento daqui a dois anos.


TAXA SELIC - COISA PARA INGLÊS VER...

Isto sem considerar que até o final do ano (2020), a dívida pública deve chegar a 95% do PIB, ou seja, um nível recorde de endividamento. Mais: em dívidas mais longas, quando há mais tempo para administrar, os juros seguem em nível altíssimo. Basta ver que títulos de 10 anos (2030), as taxas estão em torno de 8%, o que prova que a SELIC é coisa para -INGLÊS VER-, como bem diz o ditado popular. 


DADOS OFICIAIS ESCLARECEDORES

A título de melhor esclarecimento, eis aí os dados -oficiais do governo-- compilados pelo professor Ricardo Bergamin, sobre as dívidas dos Estados e Municípios:


1 – Em 2019, os estados tinham uma dívida total de R$ 927,7 bilhões, sendo R$ 690,0 bilhões com a União e R$ 237,7 bilhões com outros credores. 

2 – Em 2019, os municípios tinham uma dívida total de R$ 189,9 bilhões, sendo R$ 30,1 bilhões com a União e R$ 159,8 bilhões com outros credores. 

3 – Em 2019, a dívida total de estados e municípios era de R$ 1.117,6 bilhões, sendo R$ 720,1 bilhões com a União e R$ 397,5 bilhões com outros credores.

4 – Em cinco estados a DC (dívida consolidada) está maior do que a RCL (receita corrente líquida), quais sejam:

4.1 - Alagoas com 115,12%.

4.2 - São Paulo com 193,74%.

4.3 - Minas Gerais com 203,90%.

4.4 - Rio Grande do Sul com 216,50%.

4.5 – Rio de Janeiro com 285,66%.

4.6 Na média dos estados foi de 134,29%.

4.7 Na média dos municípios foi de 81,75%.

4.8 Na média total de estados e municípios foi de 121,04%.

 


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR + de hoje: O FUTURO DA DIREITA - por Percival Puggina. Para ler acesse o link: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar