NOS NOTICIÁRIOS
A repercussão da queda expressiva da Bolsa de Xangai aconteceu em todas as frentes. Assim como afetou diretamente as aplicações financeiras dos investidores em ações em praticamente todo o mundo, tomou conta também dos noticiários internacionais.
COMENTÁRIOS MALUCOS
Como o mercado acionário simplesmente não é entendido pela maioria esmagadora dos comunicadores, os comentários que os locutores arriscaram acabaram sendo piores e mais contundentes do que a queda dos preços dos papéis. Um verdadeiro horror.
COMPARAÇÕES
Se razões sempre existem para explicar as altas, outras também existem para responder os porquês das quedas. Uma delas: o índice que mede o comportamento da Bolsa de Xangai (representando pelas ações mais líquidas negociadas) subiu mais de 120% em 2006. Nos demais países que têm expressão em negócios em bolsas a alta não foi superior a 35%. Só este exagero já informa que há uma mínima possibilidade de continuação de alta dos preços das ações chinesas.
EXAGERO
O limite de valores a ser alcançado pelas ações, embora não se defina só por um número, está muito ligado ao tamanho do exagero dos preços atingidos, se comparado com as ações do mesmo setor, nos mercados do mundo todo. Afinal, o preço de qualquer ativo está intimamente ligado à taxa de retorno do investimento.
REMUNERAÇÃO
Ações, para quem não sabe, são, antes de tudo, remuneradas por juros e dividendos. Portanto, a perspectiva de maiores ganhos de uma empresa é o que determina a valorização de suas ações. É lógico que outros fatores podem influenciar o comportamento dos ativos, como por exemplo, a venda de uma empresa. Neste momento o espaço está curto para estas explicações.
ARRISCADO
Para completar o raciocínio entendo que o fato da Bolsa de Xangai ter fechado, hoje, com alta de 4%, significa que continua muito arriscada. Por um motivo simples: se já houve exagero em 2006 não é possível admitir que ainda continue subindo e 2007. A probabilidade maior é de queda, embora não deva, necessariamente, acontecer tudo num dia só.