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16 fev 2023

NÃO TEM EXPLICAÇÃO???


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PIOR PREFEITO DE SÃO PAULO

O -poste- Fernando Haddad, escolhido pelo presidente Lula para ocupar o importante cargo de ministro da Fazenda, a cada vez que abre a boca justifica, sem tirar nem pôr, o que revelou a pesquisa Datafolha, realizada em 2016, quando os paulistanos definiram o dito cujo como o -PIOR ENTRE TODOS OS PREFEITOS DE SÃO PAULO- desde Celso Pitta, cujo mandato (1997-2000) foi marcado por confusões e escândalos de corrupção do começo ao fim.


SEGUNDO POSTE

Antes de tudo, para que fique bem claro, a expressão -POSTE- foi empregada por Fernando Haddad no dia 28 de outubro de 2012, logo após ser eleito prefeito de São Paulo, quando se juntou a militantes na Avenida Paulista e disse alto e bom tom - "Vocês sabem que eu sou o segundo poste do Lula”. O primeiro -POSTE-, declarou Haddad, é a ex-presidente Dilma.


FANTOCHE DE LULA

Segundo os dicionários, POSTE, no sentido figurado, é pessoa que fica parada, sem iniciativa, indolente. Já -HADDAD- é sinônimo de FANTOCHE DE LULA, que foi condenado pela justiça por corrupção. Ora, depois deste importante esclarecimento é praticamente impossível que alguém leve a sério ou entenda como inteligente qualquer declaração dita e/ou repetida pelo ministro da Fazenda. 


TUDO COMBINADO

Vejam que num dia Haddad vem à público para colocar panos quentes procurando minimizar as (combinadas) declarações feitas por Lula, quando se refere às TAXAS DE JUROS. Na real, como até os recém-nascidos sabem, o grande e único objetivo é minar ao máximo a INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL, assim como DESACREDITAR e/ou MALTRATAR o seu competente presidente, Roberto Campos Neto.  


INFLAÇÃO E TAXA SELIC

Já no dia seguinte, Haddad faz o contrário e afirma, com muita veemência, que o Brasil vive uma situação “anômala” com inflação “comparativamente baixa” e taxa de juros “fora de propósito”. Mais: diz que NÃO TEM EXPLICAÇÃO!

Ora, por mais que se tente é impossível fazer com que Haddad entenda que a -INFLAÇÃO- está razoavelmente controlada porque o Banco Central (COPOM) não perdeu tempo (como aconteceu em vários países) e aumentou a TAXA DE JUROS -SELIC-. 


SELIC

De novo: a SELIC é utilizada pelo BC como estratégia para conter o aumento de preços. Se as autoridades do Copom entenderem que existe uma expectativa de aumento da inflação para os próximos meses, a tendência é que o Banco Central opte por aumentar a taxa básica de juros para frear o consumo.


BC INDEPENDENTE: MAIS DO QUE BENÉFICO, NECESSÁRIO

A propósito, eis o texto -BANCO CENTRAL INDEPENDENTE: MAIS DO QUE BENÉFICO, NECESSÁRIO -, assinado por Guilherme Marques Moura, doutor em Desenvolvimento Econômico e professor da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP) e publicado na Gazeta do Povo.

A independência do Banco Central (BC) se refere ao direito desta autoridade de tomar decisões e implementar políticas sem a influência de outras entidades. No Brasil, a Lei Complementar 179, de 2021, assegura a independência do Bacen e a sua aplicação no regime de metas de inflação. Para entender os benefícios da independência do Bacen é válido analisar a aplicabilidade dentro do regime de metas de inflação, o relacionamento com as demais políticas econômicas e o caráter político.

A discussão sobre a autonomia dos bancos centrais tem sido um tópico recorrente entre os economistas desde a década de 1970. A literatura econômica aponta uma relação negativa entre inflação e desemprego, na qual políticas monetárias expansionistas podem, em determinadas circunstâncias, contribuir para a redução do desemprego.

 A independência do Banco Central, em tese, limita ações populistas e de curto prazo dos governos eleitos.

O argumento central em favor da autonomia da autoridade monetária é a mitigação de um possível viés político que poderia afetar decisões. Seja um país em crise econômica, uma política monetária expansionista, que injete liquidez na economia, pode proporcionar o aumento da criação de empregos, o que certamente traria um benefício político para o presidente. No entanto, qual seria o impacto na inflação e nas demais variáveis da economia?

 A autoridade monetária do país tem como objetivo principal a estabilidade de preços, podendo tomar decisões que contribuem para recessões econômicas e aumentos no desemprego, mas que busquem a estabilidade de preços. A luta contra a inflação se torna uma política de Estado e não apenas de governo. Logo, a independência do Banco Central, em tese, limita ações populistas e de curto prazo dos governos eleitos. De fato, diversos estudos mostram que há uma relação positiva entre o nível de autonomia dos bancos centrais e a estabilidade dos níveis de preços.

No caso brasileiro, a independência da autoridade monetária está combinada à adoção de um regime de metas de inflação, sendo a meta fixada com três anos-calendário de antecedência. Por exemplo, quando a inflação sobe, o Banco Central deve aumentar os juros com o objetivo de reduzi-la. Todos os agentes sabem disso, sabem também que isso leva à redução da inflação. Com isso, os agentes econômicos formam expectativas de queda de inflação, o que, eventualmente, se materializa em queda da inflação. É válido destacar a existência de diversos tipos de inflação, sendo que nem sempre o aumento dos juros leva à estabilidade dos preços. 

A inflação é geralmente considerada um imposto sobre os mais pobres. Por isso, um Banco Central independente busca beneficiar e proteger essa população diante dos aumentos de preços. No entanto, a "cura" para a inflação é amarga e seu efeito não é imediato. A necessidade de uma lei para garantir um simples comportamento anti-inflacionário indica como o viés político afeta a tomada de decisão no Brasil. Isso leva à criação de soluções mirabolantes que podem, em curto prazo, reduzir os preços e garantir a popularidade política, mas não curam a "doença".