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20 jun 2024

MIOPIA GERAL


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AMIGOS PARA SEMPRE

Ontem, 19, no -TÁ NA MESA-, tradicional reunião-almoço semanal da Federasul -Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul-, teve como grande destaque o CHORO DE EMPRESÁRIOS MÍOPES, do tipo que gastam o tempo LAMENTANDO AS MAIS DIVERSAS CONSEQUÊNCIAS de tudo que faz do Estado Gaúcho um verdadeiro e complicado POÇO CHEIO DE GRAVES PROBLEMAS, onde muitos deles já são considerados, em prosa e verso, como AMIGOS PARA SEMPRE.


FALSAS NARRATIVAS

Desta vez, de cabo a rabo, o tema que predominou a reunião foi a enorme INDIGNAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS quanto às FALSAS NARRATIVAS E AS BARREIRAS IMPOSTAS PELO GOVERNO FEDERAL (leia-se GOVERNO LULA) que está dificultando o ACESSO DE RECURSOS que -poderiam- garantir a retomada da economia gaúcha após a TRAGÉDIA CLIMÁTICA de maio. Na síntese da reunião-almoço distribuída pela assessoria de imprensa da Federasul, os empresários criticaram abertamente a decisão do Governo Federal de não liberar empréstimos diretamente pelo BNDES, mas repassando a bancos privados, que acabam elevando as taxas com o spread bancário. “Empresas menos afetadas estão recebendo dinheiro”, lamentou o empresário Angelo Fontana, da Fontana S/A. Disse mais: “O Rio Grande do Sul terá que se reinventar, estamos enfrentando a falta de recursos e a falta de apoio”, afirmou.


FORÇA MAIOR

O que mais chama a atenção, no entanto, é que todos os empresários, e não apenas aqueles que se fizeram presentes ao TÁ NA MESA, sabem muito bem que o ORÇAMENTO é uma peça indispensável para qualquer empreitada, quer seja ela PÚBLICA OU PRIVADA. Ali, mais do que sabido, deve constar, além da previsão das RECEITAS e das DESPESAS, uma RESERVA PARA IMPREVISTOS. Ou seja, um recurso reservado para cobrir, total ou parcialmente, aquilo que, por FORÇA MAIOR,  se sobrepõe a tudo de forma urgente ou imprevista. 


A RESERVA PARA IMPREVISTOS VIROU DESPESA DE GOVERNO

Infelizmente, por conta de uma MIOPIA GERAL, os atingidos pelas TRAGÉDIAS desconhecem que nos últimos 20 anos a rubrica -RESERVA PARA IMPREVISTOS-, que consta no ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, foi encolhendo ano a ano. Atenção: em 2004 estava em torno de 18% do orçamento e hoje, 2024, está em apenas 0,9%, ou seja, PRATICAMENTE ZERO. Mais: os RECURSOS QUE SERIAM DESTINADOS PARA IMPREVISTOS foram, ano a ano, sendo drenados para atender crescentes DESPESAS DE GOVERNO, mais precisamente FOLHA DE PAGAMENTO DOS SERVIDORES.  

Ou seja, a absoluta INDECÊNCIA GOVERNAMENTAL, com decisiva colaboração do PODER LEGISLATIVO, determina uma expressiva FALTA DE RECURSOS para atender TRAGÉDIAS. De novo: a CAUSA está na IRRESPONSABILIDADE FISCAL PRATICADA PELO GOVERNO assim como nas PROMESSAS DE FAZER AQUILO QUE NÃO TEM COMO SER EXECUTADO. 


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: A REGRA NÚMERO 1, por Percival Puggina. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar