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23 dez 2004

MANIFESTAÇÃO TÍMIDA E REDUZIDA


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CUMPRIMENTOS E PREOCUPAÇÃO
Inicio o meu comentário de hoje cumprimentando e me congratulando com as lideranças empresariais que estiveram, durante toda a tarde de ontem, na Assembléia Legislativa gaúcha, em vigília e protesto contra o aumento de impostos proposto pelo governo Rigotto. Parabéns. Todavia, pelo número de e-mails que recebi, de leitores que se diziam profundamente indignados com o projeto do governo, percebi que, na hora de botar a cara e se manifestar o número é outro. Tímido e muito reduzido.
ESTRATÉGIA ESPERTA
Esta observação é importante, pois o governador deve ter entendido que o baixo quorum dos revoltados é sinal de que a sociedade está mesmo apoiando o projeto. E, estrategicamente, resolveu retirar o mesmo para reapresentá-lo na próxima 3ª. Feira, 28. Ou seja, ganha tempo para convencer os menos resistentes e mais chegados, e conseguir assim os votos necessários para aprovar o monstrengo. E esvazia as arquibancadas. Gente, assim vamos ser derrotados.
ATITUDE MUITO ESTRANHA
Ouvi e li as declarações do secretário Luiz Roberto Ponte ? da Sedai ? sobre o projeto que aumenta o ICMS da telefonia, energia e combustíveis. Lamentáveis quase todos. Estressado e comprometido com o governo ataca com argumentos típicos de quem não conhece administração. O interessante é que foi empresário e deveria ter um mínimo de conhecimento de orçamento e de postura quando a adversidade bate à sua porta.
O FUNDAMENTALISTA
Ao dizer que os empresários não ouvem outro raciocínio e que o projeto é para viabilizar o governo é coisa de ditador. Ora, Sr. Ponte, os empresários e contribuintes ouvem e querem ser ouvidos. E quando dizem não ao aumento de impostos é hora de tentar outra forma de obter liquidez. Até hoje, aquelas que sempre foram tentadas e aprovadas significaram aumento de impostos. A última foi a última, Sr Ponte. Entenda isto. Outra declaração lamentável foi dizer que é xiitismo antiimposto. Demonstrou ser um fundamentalista pelo aumento de impostos.
A HORA DA SOLUÇÃO
A preocupação do governador Rigotto em viabilizar o Estado até que é justa. Mas deve entender que alguma viabilização só tem sido obtida por empurrar com a barriga os problemas estruturais, existentes há muito tempo. O Estado já está inviabilizado, Governador. O negócio agora é deixar que piore, para que reformas que solucionam aconteçam de uma vez por todas. Chega de paliativos e aumentos sucessivos de impostos. Esta prática só dá sobrevida para o setor público e sobremorte para o contribuinte.
O CAMINHO É O CAOS
Uma das alegações com a necessária compensação das exportações é de que o ICMS é ,pago na origem e não no destino das mercadorias. Assim, quando alguém consome algo obtido com a renda da exportação, está enviando o imposto do consumo para o Estado que produziu o produto adquirido. E o governo fica, assim, sem qualquer receita. Pois bem, aí está a necessidade de fazer a reforma fiscal urgente e reclamada. Chega de tapar o sol com a peneira. Só o caos impõe a mudança? Vamos, pois, ao caos. Já.
DAY- OFF
Como já vem acontecendo em todos os anos, a partir de amanhã, 24, véspera de Natal, o Ponto Crítico vai folgar nas 6ªs Feiras, até o final de fevereiro de 2005. Considerando, que no período do verão, a grande maioria dos leitores fazem das 6ªs. Feiras um legítimo e merecido - day-off -, vou também fazer o mesmo.
NATAL
Aproveito este último espaço do comentário de hoje para agradecer todas as manifestações e desejos de um Feliz Natal que recebi carinhosamente dos leitores do PONTOCRITICO.COM. E expresso, também, os meus votos de que na festa de confraternização, que todos participam com suas famílias e amigos, encontrem um clima de perfeita liberdade, prazer e muita felicidade. Feliz Natal!