PRÊMIO AOS TEIMOSOS
Gostem ou não, o fato é que ontem à noite a Câmara dos Deputados aprovou, por 336 votos favoráveis, 142 contrários e 2 abstenções, o maligno texto-base que -REGULAMENTA- a lamentável REFORMA TRIBUTÁRIA, a qual, para infelicidade geral da Nação brasileira, PREMIA os teimosos que se propõem a PRODUZIR, CONSUMIR E/OU PRESTAR QUALQUER TIPO DE SERVIÇO com uma CARGA TRIBUTÁRIA ainda mais pesada.
SALSICHAS E LEIS...
O que aconteceu na noite de ontem, para que os leitores/eleitores saibam, foi muito bem observado pelo aguerrido deputado federal Marcel Van Hattem: - Faltando 30 segundos para abrir o painel de votação, o novo texto da "reforma tributária" foi protocolado. Aberta a votação, QUASE NENHUM DEPUTADO SABIA O QUE ESTAVAM VOTANDO. Nem eu. Votei contra. Mesmo assim, ganhou o SIM e está aprovado o texto ainda desconhecido. SALSICHAS E LEIS...
RS E SC
Pois, mesmo assim, a título de curiosidade e/ou comparação entre os estados o RS, cuja maioria dos eleitores tem enorme simpatia pela ESQUERDA, e SC, cujos eleitores em geral preferem a DIREITA, os votos dos deputados foram na seguinte direção: enquanto 17 parlamentares (grande maioria) do RS votaram a FAVOR do MALIGNO TEXTO-BASE e 14 CONTRA, em SC apenas 6 deputados (minoria) votaram a FAVOR DO MALIGNO TEXTO-BASE e 10 votaram CONTRA. Que tal?
GAÚCHO GOSTA DE TRAGÉDIAS
Como se vê, infelizmente, a maioria do povo gaúcho dá nítida impressão de que GOSTA DE TRAGÉDIAS. Como tal acreditam, piamente, que QUANTO MAIOR A TRIBUTAÇÃO, MELHOR PARA O ESTADO E SEUS CIDADÃOS. De novo: os deputados do RS até podem alegar que votaram sem saber do que se tratava, mas os eleitores, notadamente os leitores do PONTO CRITICO, não têm este direito. Até porque foram constantemente avisados.
ESPAÇO PENSAR+
Texto do pensador Roberto Rachewsky
NÃO EXISTE CAPITALISMO DE COMPADRIO
O que existe é compadrio entre o governo e as corporações para acabar exatamente com aquilo que o capitalismo tem de melhor: igualdade perante a lei, livre iniciativa e respeito à propriedade privada.
No capitalismo, todo compadrio entre governo e corporações é combatido. Se as relações promíscuas entre o governo e seus compadres não forem combatidas, então os princípios e as regras vigentes naquele mercado não são as que caracterizam o sistema capitalista. Quando os laços de compadrio entre o governo e as corporações são institucionalizados, o sistema em vigor naquela sociedade é o fascista. Capitalismo de compadrio, capitalismo de laços ou capitalismo de quadrilhas são anti-conceitos utilizados para perverter e denegrir o termo capitalismo, dando a ideia de que essas práticas que caracterizam um regime fascista seriam uma decorrência do livre mercado e só encontradas onde há capitalismo. Nada mais falacioso, difamador e injurioso.
Repito mais uma vez: meus amigos, se vocês gostam de usar nos seus textos esses anti-conceitos, criados por quem não acredita no capitalismo, substitua-os pelo seu verdadeiro nome: fascismo.
Além de escreverem menos, utilizarão um conceito adequado para identificar de forma apropriada o que vocês querem dizer.
O compadrio típico do fascismo, que se caracteriza por relações promíscuas entre o governo e as corporações, é a prova de que ali, naquele mercado, ou o capitalismo nunca existiu ou, exatamente por essa prática, recém deixou de existir.
Cabe aos defensores do livre mercado, antes de qualquer coisa, protegerem também a precisão dos termos linguísticos que pós-modernistas tentam, dissimuladamente, perverter com o uso de anti-conceitos no debate ideológico.
O objetivo desse pessoal é prejudicar a formação conceitual, base do pensamento racional que encaminha a sociedade para o processo civilizatório.
Todo anti-conceito é uma forma de fazer a Humanidade regredir na sua caminhada em direção ao desenvolvimento e a privacidade, para levá-la de volta aos tempos das cavernas.