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06 dez 2004

INICIADA A SAFRA DE BALANÇOS E PERSPECTIVAS


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O PRIMEIRO BALANÇO
As entidades empresariais começaram a apresentar hoje, 6, seus balanços de 2004 e perspectivas econômicas e políticas para 2005. A primeira reunião foi com o Sistema Fecomércio-RS, quando a sua assessoria econômica destacou o ano de 2004 como o de maior crescimento do PIB mundial em quase três décadas, devendo fechar o ano com elevação de 5,2%. No Brasil, o crescimento econômico foi bastante acelerado e bem distribuído, tanto do ponto de vista setorial como regional. Deve chegar a 5,3%. Mesmo assim a grande vedete do ano foi o setor industrial, fazendo o papel do setor agrícola no ano anterior.
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
As taxas de juros no mundo continuaram relativamente baixas. Logo não tivemos problemas de financiamento externo para a economia brasileira e o dólar ficou ?calmo? (talvez até demais) - como regional. - A recuperação econômica foi impulsionada inicialmente pelas exportações e pela expansão do crédito, mas o mercado interno (massa de salários) deu sinais de recuperação ao longo do ano.
PERSPETIVAS PARA 2005 - 1
1 - A taxa de câmbio mais valorizada e redução do ritmo de crescimento da economia mundial devem reduzir o saldo comercial em 2005; 2 - O crescimento econômico no Brasil vai desacelerar. Para repetir 2004 somente com um choque positivo muito forte de investimentos privados e internacionais; 3 - Os investimentos privados em expansão da capacidade produtiva estão aumentando, o que permitiria crescer sem aumentar as pressões inflacionárias (crescimento da demanda e da oferta); 4 - Na agricultura devemos ter uma elevação da produção com preços internacionais mais baixos que em 2004. A rentabilidade do setor vai cair; 5- Com inflação em queda gradual e a continuidade do crescimento econômico, a massa de salários vai crescer. O mercado interno deve melhorar o desempenho do comércio.
PERSPECTIVAS PARA 2005 - 2
6- Sem a repetição dos choques de oferta dos preços das commodities que ocorreu em 2004 a inflação deve apresentar mais um ano de redução de forma lenta; 7- Sem novos choques de preços externos a taxa Selic deve voltar a mostrar redução a partir do segundo trimestre de 2005; 8- O Brasil não deve renovar o acordo com o FMI, mas isso não significa mudar a política econômica. Ao contrário, a opção conservadora deve ser mantida. A meta de superávit primário pode até passar para 4,5% do PIB; 9- O principal risco para 2005 seria uma elevação rápida dos juros nos Estados Unidos. O déficit público é financiado atualmente por dívida externa (Ásia). Uma forte desvalorização do dólar poderia reduzir (encarecer) este fluxo financeiro provocando aumentos nos juros. Para o Brasil isso pode significar desvalorização mais forte e inflação.
TABELA COM PREVISÕES
Variáveis CenárioPessimista CenárioBásico CenárioOtimista
AS ENTIDADES E O GOVERNO
O presidente da Fecomércio adiantou que a reunião prevista para a próxima 5ªfeira, entre as entidades empresariais (Fiergs, Federasul, Fecomércio, Farsul e Fed. CDL) e o governador Rigotto, servirá para apresentação de propostas para uma boa governança estatal, o que pode contribuir para melhorar a administração pública. Espero que Rigotto entenda e avalie para que deixemos de administrar somente a folha do servidores. E um dos principais assuntos é o Banrisul, onde a federalização é apontada como indispensável. Ficaria no RS, mas deixaria de ser do Estado e passaria a ser da União. Com grande economia para o Estado, que deixaria de pagar 5% da receita líquida como empréstimo dos recursos que o governo federal colocou para o saneamento da entidade. Com a palavra o Governador.
PARTIDOS EM EXTINÇÃO
A Assessoria política da Fecomércio-RS discorreu sobre o quadro político do Brasil definido a partir dos resultados das últimas eleições. E demonstram que alguns partidos estão em fase de extinção. É o caso do PMDB, que nunca é governo mas está sempre no governo. O eleitor tem mostrado que não gosta deste provincianismo e tem se negado a votar no PMDB. O PP praticamente já acabou e está sendo enterrado pelo esquecimento dos eleitores. O PFL também está desaparecendo do cenário junto com seus líderes, como é o caso de Antonio Carlos Magalhães, entre outros. Devem sobras o PT, o PSDB e o PDT como os grandes entre os 10 partidos que vão se sustentar no futuro.
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