CUSTO DE VIDA
Diante da inegável e expressiva alta dos preços dos alimentos preferidos da totalidade do povo brasileiro, como é o caso da carne, feijão, arroz e farinha de trigo, principalmente, onde todos figuram na composição da CESTA BÁSICA, isto tem provocado um forte encarecimento do CUSTO DE VIDA da nossa população, como apontam os mais diversos institutos de pesquisa de preços.
OFERTA E DEMANDA
Ainda que qualquer alimento que fique mais caro por força de maior DEMANDA possa ser substituído por outro cuja OFERTA implique em redução ou manutenção de preço de venda, o fato é que a PANDEMIA fez com que os ALIMENTOS produzidos no Brasil fossem muito mais DEMANDADOS mundo afora, notadamente por países orientais.
SETE ENTRE DEZ
Como bem mostram os números da Balança Comercial, SETE produtos do agronegócio figuram entre os DEZ principais bens exportados pelo Brasil. Entre esses estão a SOJA, as CARNES DE FRANGO, SUÍNA E BOVINA, o AÇÚCAR EM BRUTO e o CAFÉ, por exemplo, que totalizam algo como 30% de tudo que é embarcado para fora do país.
ARROZ
Pois, além da forte DEMANDA INTERNACIONAL por alimentos produzidos no Brasil, o fato é que a DESVALORIZAÇÃO DO REAL ainda foi maior do que a alta dos preços no mercado interno. No caso do ARROZ, por exemplo, os preços baixos verificados em anos anteriores, mais a seca deste ano, proporcionaram uma boa redução da área plantada. Ora, produção menor e desvalorização cambial maior acabaram por estimular a exportação do produto e a elevação do preço.
AUMENTAR A ÁREA PLANTADA É A MELHOR SAÍDA
O que precisa ser dito e repetido à exaustão é que o Brasil tem reais condições para AUMENTAR A OFERTA DE ALIMENTOS. Assim, ao invés do presidente Bolsonaro fazer o ridículo pedido aos supermercadistas para que não aumentem os preços dos alimentos (na realidade os supermercados apenas comercializam produtos), bastaria oferecer a possibilidade de aumentar a ÁREA PLANTADA.
SÓ 7,6 % DO TERRITÓRIO
Para quem não sabe, o Brasil utiliza somente 7,6% de seu território para a agricultura, como já foi comprovado pela Embrapa e pela NASA. Este número é insignificante se comparado com países europeus, como o Reino Unido, que cultiva em 64% de seu território e a Alemanha, que usa 57%. Mais: grandes concorrentes como Estados Unidos, cultiva 18,3%; a China, 17,7%; e a Índia, 60,5%.