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14 dez 2021

INDEXAÇÃO: PANDEMIA ECONÔMICA


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INDEXAÇÃO SALARIAL

Depois das tristes e equivocadas experiências proporcionadas pela sempre fracassada INDEXAÇÃO DA ECONOMIA, a rápida elevação relativa dos preços de produtos e serviços que, a exemplo do que acontece no mundo todo, também se faz presente no nosso empobrecido Brasil, está servindo de motivo para propor que os salários sejam corrigidos por índices que medem o comportamento da inflação passada.


TRÊS GRANDES -DES-

A propósito, para o bem do Brasil e, por consequência, mais ainda para o bem do povo brasileiro, é mais do que necessário acabar definitivamente com as seguintes TRÊS GRANDES -DES-:

1- a DESINDEXAÇÃO (no que diz respeito à revisão e/ou atualização de salários, aposentadorias e benefícios pela inflação);

2- a DESVINCULAÇÃO (onde o Orçamento deixaria de ter RECURSOS CARIMBADOS para determinadas áreas como SAÚDE (30%) E EDUCAÇÃO (25%)), por exemplo; e

3- a DESESTATIZAÇÃO (vender tudo que é propriedade do Estado).


DESVINCULAÇÃO E DESINDEXAÇÃO

No caso da DESVINCULAÇÃO, a medida daria muito mais liberdade para o governo administrar os recursos arrecadados, pois do jeito que está posto, de 100% do ORÇAMENTO GERAL DE UNIÃO, 96% é totalmente -IMEXÍVEL-. E quanto à DESINDEXAÇÃO ela se faz necessária porque quando a inflação cede, aí não há a possibilidade de aplicar a redução sobre salários e benefícios, o que implica em estímulo para a oxigenar ainda mais o aumento dos preços relativos.


FALANDO EM INFLAÇÃO

Aliás, falando em INFLAÇÃO, o economista Alfredo Peringer lembra, com absoluta correção, que este fenômeno, de maneira geral, ocorre quando o aumento do percentual de MOEDA se mostra acima do aumento percentual dos BENS E SERVIÇOS. Isso não significa que não haja aumento de preços, ora do milho, ora da carne, ora dos combustíveis, por exemplo. Neste caso, porém, não é INFLAÇÃO, mas -AUMENTO GENERALIZADO DOS PREÇOS-. Mais: não havendo aumento da moeda, a alta de preços de um determinado produto ou serviço acaba sendo compensada com a queda de preços de outros e/ou das suas quantidades. É verdade, no entanto, que o aumento generalizado de preços afete mais aqueles que consomem bens que sofrem alta de preços, causando uma série de problemas na economia e obrigando alguns a comer menos e outros a substituir certos alimentos.


FENÔMENO UNIVERSAL

Neste momento- crucial-, entretanto, como o AUMENTO DE PREÇOS é UNIVERSAL e, portanto, nunca visto anteriormente (atingiu praticamente todos os produtos e serviços básicos em praticamente todo o mundo), a situação, no meu entender merece ser vista e analisada com mais cautela, pois, a rigor, as economias estão sofrendo -MENOS- pelo aumento do percentual de MOEDA e -MUITO MAIS- pelo efeito drástico da DIMINUIÇÃO TEMPORÁRIA DA OFERTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS.