ARRECADAÇÃO NÃO É O PROBLEMA
O Estado do RS, para quem não sabe, não é nada ruim se observado pelo lado da arrecadação de impostos. O que levou o RS à lona, financeiramente, é fruto de duas causas principais, já diagnosticadas:
1- a forma leviana como tem sido administrado; e,
2- o excessivo gasto público, sem qualquer preocupação com a eficiência.
MEDIDAS CORRETIVAS
Portanto, se alguém está realmente preocupado com a situação deplorável das contas públicas do RS, antes de tudo é preciso que saiba quais medidas, realmente corretivas, devem ser preparadas e aplicadas para melhorar a saúde financeira do Estado doente.
SÓ PREOCUPAÇÃO
Pois, para desespero do povo gaúcho, que adora viver no RS, o governador Sartóri só tem mostrado preocupação com a situação financeira do Estado. A solução dos problemas, entretanto, parece não passar pela sua cabeça. Lamentável, não?
ALIMENTAR A DESGRAÇA
Esta conclusão é clara, simples e muito procedente: ontem, o governo admitiu, formalmente, que estuda aumentar impostos como medida para enfrentar a crise nas finanças do Estado gaúcho.
Ora, só o fato de admitir o aumento de alíquotas de impostos, já demonstra que Sartori não quer resolver problema algum. Ao contrário, o governador apenas quer alimentar ainda mais a desgraça.
PACOTE ESTÚPIDO
Pelo que consegui apurar, os integrantes da -cúpula- do governo do RS admitem a possibilidade de encaminhamento à Assembleia Legislativa de um pacote de medidas que incluiria:
1- aumento de 17% para 18% na alíquota básica do ICMS; e, pasmem,
2- aumento de 25% para 30% nos tributos da gasolina, álcool, telecomunicações, energia elétrica comercial e residencial acima de 50 KW. Pode?
EXEMPLOS REVOLTANTES
Em nenhum momento o governo gaúcho disse que quer acabar com privilégios de qualquer natureza. A lista, como se sabe, é enorme. Eis aí apenas alguns exemplos, revoltantes:
- os ex-governadores do RS ganham salário vitalício;
- inúmeros funcionários públicos e de estatais ganham acima do salário do governador;
- o Estado não propõe uma Previdência para seus funcionários;
- os servidores do judiciário ganham ajuda-moradia, e ajuda-alimentação simplesmente absurdas; etc...
CHEIO DE FUROS
O problema, portanto, não está, e jamais esteve, na arrecadação, mas, indiscutivelmente, na administração dos recursos arrecadados. É importante que o povo gaúcho não entre na onda do governo, e da mídia, de que falta de dinheiro nos cofres do Tesouro do Estado. Na real, o caixa do governo está, sim, cheio de furos, por onde somem os impostos arrecadados.
Se o governo se decidir pelo aumento de impostos, o primeiro a festejar será o Estado de SC. É para lá, certamente, que muitas empresas vão se transferir.