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05 dez 2019

IMPUNIDADE GARANTIDA


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ANTICRIME

Ontem, a despeito das circunstâncias, que invariavelmente se mostram desfavoráveis para a parcela DECENTE da imensa sociedade brasileira que, independente de não ser respeitada jamais se deixa vencer pela desesperança, a Câmara dos Deputados aprovou, por 408 votos a favor, 9 contra e 2 abstenções, uma versão tímida do PROJETO DE LEI que, de forma escancaradamente equivocada, leva o nome de ANTICRIME.


SEM MOTIVO PARA FESTA

Antes de entrar no mérito do importante projeto de lei, cuja tramitação se estendeu por 10 meses (praticamente o ano todo) na Câmara (apenas na Câmara), desde já faço questão de deixar bem claro que aqueles que estão vendo motivos para festejar a aprovação do texto-base do Projeto de Lei ANTICRIME acabarão tomados por uma forte desilusão.


A FAVOR DO CRIME

Se aquilo que resultou da forte desidratação do PL deve ser considerado como frustrante, pior de tudo foi a atitude dos 9 deputados que votaram contra o Projeto de Lei. Nada, diga-se passagem, que possa ser traduzido como surpreendente, mas só o fato de se posicionarem totalmente a FAVOR DO CRIME torna necessário e imperioso que seus nomes sejam amplamente divulgados.


OS NOVE CONTRA

Anotem aí os nomes dos NOVE parlamentares que votaram contra o tímido Projeto de Lei:

SEIS são do PSOL - Áurea Carolina, Glauber Braga, Talíria Petrone, Ivan Valente, Luiza Erundina e Sâmia Bomfim.

TRÊS são do PT - Natália Bonavides, Erika Kokay e Pedro Uczai. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann não estava presente, mas se estivesse certamente que engrossaria a lista dos petistas contrários.


PRA LÁ DE TÍMIDO

Tão logo o texto-base foi aprovado, o ministro Sérgio Moro, na sua conta no Twitter, comentou o resultado, com indisfarçável constrangimento, dizendo que houve "avanços importantes".

A seguir destacou:  a proibição de progressão de regime ao membro de crime organizado, execução imediata dos veredictos do Júri, agente policial disfarçado, regras mais duras de cumprimento de penas para condenados por crimes hediondos com resultado morte.

Aqui entre nós e o mundo:  - para um país carregado de impunidade, o texto que foi aprovado é pra lá de tímido!