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30 jan 2006

FOCADO NO SUBDESENVOLVIMENTO


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SEM COMENTÁRIOS
Ao ser encerrado, ontem, mais uma edição do Fórum Econômico Mundial, uma coisa ficou bastante evidente: o Brasil foi pouco comentado e mesmo assim, as poucas observações foram sobre coisas insignificantes. E o curioso: o silêncio sobre o nosso país não foi obra de boicote ou algo parecido. Simplesmente não havia o que comentar ou salientar, até porque o nosso pífio crescimento já fala por si. Convenhamos, não há muito a comentar sobre um país que insiste em ficar abaixo da média mundial e, pior ainda, muito abaixo dos resultados apontados pelos países emergentes. Foi lamentável, com certeza.
OS SUBMERGENTES
Muito se tem falado, no mundo todo, sobre o BRIC, sigla que identifica os países: Brasil, Rússia, Índia e China. Os investidores de maneira geral encontraram nestes países as melhores oportunidades do momento para fazer investimento, promover desenvolvimento e obter melhores resultados. Confesso que inicialmente fiquei bastante contente em ver o Brasil incluído entre os pretendidos. E, ingenuamente, por algum tempo, imaginei que os nossos governantes até iriam se esforçar para atrair o máximo de investimentos. Burrice minha. O governo brasileiro não quer saber de BRIC assim como não quer saber de ALCA. O que está sendo planejado aqui é a formação do BBV. Que significa a sigla dos submergentes: Brasil, Bolívia e Venezuela. Estes são os amigos e as oportunidades. Vamos investir aí?
SEM NOVIDADES
Aliás não há jeito mesmo de cair a ficha por aqui. Ninguém quer saber ou enfrentar aquilo que impede, há muitos e muitos anos, o nosso crescimento vigoroso. Apesar das observações feitas pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, em Davos, de que sem reformas corretas não há como esperar muito do Brasil, mais uma vez tal observação não foi e nem será ouvida. E, como sempre, as taxas de juros continuam sendo como culpadas de coisas que nada têm a ver.
O LACAIO
Por outro lado, no atrasado e jurássico Fórum Social Mundial, que na sua próxima edição vai assombrar Nairóbi, no Quênia, quando o Brasil foi citado, Lula recebeu a denominação de - Lacaio de Washington - . Maravilha. E o coro dos idiotas, que também se espalham aos borbotões por aqui, afirmaram por diversas vezes que Lula mais governa para os banqueiros. Ridículo. Lula e os anteriores continuam governando para uma Constituição selvagem que impede o nosso desenvolvimento. E os deputados federais e senadores ainda fazem questão de puxar o bloco dos estúpidos, quando deveriam votar, agora já de forma radical, as reformas que poderiam permitir a qualquer governante um crescimento que deixaria a China e a Índia cheias de preocupação.
OS DEMAGOGOS
A novela do Salário Mínimo não chegou ao fim. Agora, a oposição, mesmo sabendo que o valor acertado pelo governo vai promover um estrago monumental nas contas da previdência, quer desestabilizar mais ainda o governo. E, para tanto, pretende incendiar as cortinas do orçamento com uma proposta inconcebível. Como nada das suas reivindicações sai de seus bolsos, mas, exclusivamente, das contas dos contribuintes, mostram o que sabem e aprenderam na vida: demagogia e safadeza.
A HORA DOS HÍBRIDOS
Enquanto nós brasileiros estamos desenvolvendo motores bi-combustível, que funcionam a álcool e a gasolina, os japoneses e americanos estão bem mais a frente. Estão fabricando, e vendendo, veículos equipados com motores híbridos que funcionam a gasolina e eletricidade. A troca do sistema é automática, isto é, sem necessidade de qualquer acionamento por parte do motorista. E enquanto está funcionando o sistema a gasolina, as baterias vão sendo carregadas. Tudo, repito, de forma automática. Aqui, infelizmente, fazemos de tudo para ficarmos dependente do álcool, cujos produtores só nos esfolam. Viva.
FEIRÃO
O 5º Feirão BIG Eletroeletrônicos iniciou batendo dois recordes: de público e vendas. Quando as portas foram abertas às 8h30min de sábado último, uma multidão de mais de 500 clientes já estavam na espera, alguns desde a 01h da madrugada. Em menos de quatro horas, os produtos da oferta do dia se esgotaram.
OFICINA DE TALENTOS
A Oficina de Talentos, projeto de inclusão social da ALL ? América Latina Logística ? que capacita jovens da comunidade para o mercado de trabalho, é destaque na quinta edição do Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa. A publicação retrata a evolução das empresas brasileiras no que se refere à responsabilidade social e à sustentabilidade dos negócios. Lançado em 2005, o programa formou 28 jovens estudantes de escolas públicas de Curitiba nos cursos de mecânica e elétrica. Os destaques da turma serão contratados pela ALL. Para este ano, a novidade é expansão do programa para as unidades de Mafra/Rio Negro e Porto Alegre.
INCORPORAÇÃO
A Cultura Inglesa de Porto Alegre acaba de ser incorporada pela Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa (SBCI), holding do grupo que atua nos estados Rio de Janeiro (onde é líder absoluta de mercado), Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás. A escola, que operava há 16 anos como unidade individual, terá agora mais investimentos em infra-estrutura e tecnologia educacional.
POSSE
A Unidade Operacional do Rio Grande do Sul da Bolsa Brasileira de Mercadorias ? BBM/RS empossou sua nova diretoria para o período de 2006/2008. Assumiu a vice-presidência da entidade o diretor-presidente da Banrisul Corretora de Valores, José Alfredo Duarte Filho, sucedendo, no cargo, a Ronaldo Carvalho, da Ronaldo Carvalho & Cia., e sendo empossado como suplente o diretor da Risoy Corretora de Mercadorias, de Pelotas, Alexandre Augusto Silk. A Unidade gaúcha da BBM, com três anos de atividades, congrega cerca de 50 corretores de mercadorias. Além de produtos agropecuários, a Bolsa está ampliando sua presença na realização de leilões eletrônicos para a aquisição de bens e serviços destinados a órgãos públicos e instituições privadas.