DÉFICIT ZERO
Toda vez que Lula e, notadamente, seu poste, Fernando Haddad, abrem a boca para engambelar a sociedade, afirmando que o ARCABOUÇO FISCAL será capaz de produzir -DÉFICIT ZERO- nas contas públicas de 2024, sempre me vem à mente a famosa obra literária infanto-juvenil -O MÁGICO DE OZ-, lançada em 1900 pelo escritor, editor e roteirista Lyman Frank Baum.
FARSANTE
Para refrescar a memória dos leitores, a MORAL DA HISTÓRIA é que O MÁGICO DE OZ NÃO DEU NADA AOS QUATRO PERSONAGENS - DOROTHY, O ESPANTALHO, O HOMEM DE LATA E O LEÃO. a menina Dorothy só percebeu isso quando viu que o Mágico de Oz era um farsante, sem qualquer poder especial.
POSTE
Fernando Haddad, cumprindo com destaque o papel de POSTE DO LULA, dá a entender que gosta de ouvir o que ele mesmo diz e repete a todo momento. Ele jura de pés juntos, por exemplo, que em 2024 o Brasil terá um ORÇAMENTO EQUILIBRADO - SEM DÉFICIT-. Entretanto, como nenhum petista é afeito a CORTE DE DESPESAS, é impossível saber de onde Haddad tirará os R$170 BILHÕES necessários para fechar as CONTAS PÚBLICAS no próximo ano.
RETRAÇÃO DE CRÉDITO
Mesmo levando em conta ASSUNTOS DE ORDEM ECONÔMICA são sempre de difícil digestão para os brasileiros em geral, que não por acaso detestam números e a matemática, não posso deixar de mostrar, apreciar e/ou comentar. Vejam por exemplo, a seguinte análise -fria- do pensador e economista Igor Moraes: -Essa semana está recheada de indicadores econômicos para o Brasil. O primeiro conjunto de dados se refere ao MERCADO DE CRÉDITO, que apontou NOVA RETRAÇÃO NO SALDO QUE ATINGE os 52,1% do PIB (2 pontos abaixo do nível máximo de dez/2022).
INSTITUIÇÕES PRIVADAS E PÚBICAS
Claramente foram as INSTITUIÇÕES PRIVADAS que PUXARAM O FREIO DE MÃO, ao passo que as controladas pelo SETOR PÚBLICO seguem aumentando o crédito (já vimos esse filme em um passado recente). A pergunta que fica no ar: - Será que os empresários não querem ganhar dinheiro ou farejaram algum problema e não estão com tanto apetite para emprestar?
Mais: para as PESSOAS FÍSICAS, modalidade livre (o credor tem liberdade de alocar e cobrar a taxa que achar conveniente), o mês de julho representou a SEGUNDA QUEDA CONSECUTIVA (-3,4%), o que significa R$ 8 BILHÕES A MENOS EM UM ÚNICO MÊS (já corrigido pela sazonalidade). Agora, a surpresa maior: a QUEDA NAS CONCESSÕES DE CRÉDITO PARA PESSOAS JURÍDICAS chegou a -9,8% o que representa R$ 21 bilhões somente em julho, dos quais R$ 14 bilhões em duplicatas.
INADIMPLÊNCIA
Por que os bancos estariam cortando os recursos direcionados para essa modalidade, tão importante para dar fôlego para as empresas? Resposta simples: - a alta na inadimplência (para Pessoas Físicas está em 6% maior inclusive que o verificado no período da recessão de 2016, a mais severa que já tivemos) e a visão que estamos em um cenário que desenha muitos problemas com o crédito que está correndo na praça. Seria uma percepção que tanto consumidores que tem dívidas quanto empresas devem passar por uma piora que leve a não pagar essa dívida? Certamente. O que ajuda a aumentar a preocupação com o que as instituições financeiras de controle público estão fazendo ao aumentar suas concessões de crédito. O cenário econômico é preocupante sim. Apenas alguns que não viram os números, ou são torcedores, que não conseguem enxergar para onde estamos indo.
ESPAÇO PENSAR +
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: BRASIL QUE DÁ CERTO, por Fernanda Estivallet Ritter - Pres. do IEE-. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar