VELOCIDADE
Estamos fechando 2005. Se alguém admite que o ano tenha sido breve, o fato é que o relógio não alterou a velocidade das horas nem o sistema solar mudou o seu curso. O fato é que, ao acrescentarmos cada vez mais atividades ao dia a dia, ficamos com a falsa impressão de que o ano passou muito rápido. Mas, se esperanças existem como constam nas mensagens para o próximo ano, que sejam, aí sim, no aumento da velocidade do entendimento do mal que vem fazendo os nossos legisladores.
ANO BOM?
Diante de tantos acontecimentos políticos complicados, que sem dúvida foram os que mais marcaram o período que está findando, não se pode e se não deve mais ficar, eternamente, desejando a todos um Ano Bom. Quem faz as coisas boas ou ruins, salvo aquilo que não pode ser previsto ou administrado, somos nós. Somente nós.
BLOCO NA RUA
É certo que houve uma grande inversão de valores e de hierarquia, mas é preciso voltar e deixar bem claro que somos nós os mandantes. Os eleitos, que dizem nos representar, são os mandatários. Não esqueçam: eles é que precisam fazer o que mandamos e o que queremos. E para tanto precisamos colocar definitivamente o bloco na rua, agindo para valer. Ficar na esperança é repetir os erros imaginando milagres.
FATO DO ANO
O que precisa ser festejado pelos brasileiros, como de grande importância, foi o fato de estarmos fechando o ano, sob a avaliação dos investidores em títulos brasileiros no exterior, com prêmio de risco-Brasil no seu menor nívelhistórico. Ontem encerrou o dia fechando em 306 pontos, acumulando uma queda de 10,5% no mês dedezembro. No acumulado do ano a queda é ainda mais expressiva de 20,1%.
MOLA PROPULSORA
No lado interno, o fato positivo do ano foi a expansão do crédito. Segundo informação do BC, o volume total dasoperações de crédito do sistema financeiro já representa 30,5% do PIB, chegando, até novembro, a R$ 589,8 bilhões. Foi a mola propulsora para aumentar o consumo de bens e serviços.
FELIZ 2006
O crescimento do PIB para 2005, imaginado bem maior, deverá fechar em 2,6%. O BC se baseia num cenário de crescimento de 3% na indústria; de 2,1% nos serviços e de 1,5% na agropecuária. Para 2006, o mesmo BC trabalha com cenário de referência de mais 4%. A expansão deve ocorrer em função das perspectivas favoráveis para o setor agropecuário - principalmente por causa da safra agrícola - e para a indústria em um cenário de flexibilização da política monetária e de sustentação da renda real. FELIZ 2006!
MELHORES ATIVOS
Na carona das boas notícias da área econômica, as ações foram os melhores ativos do ano. A Bovespa fecha 2005 com valorização superior a 30% sobre o índice de fechamento de 2004.
VAGÃO ESPECIAL
A América Latina Logística (ALL) acaba de fabricar sob medida para a Klabin, a maior fabricante de papel do Brasil, um vagão especial, 50 centímetros mais largo e mais alto ? o que permite o transporte de bobinas na posição vertical, evitando danos. Tudo para levar os produtos, destinados à exportação, de Telêmaco Borba (PR), sede da Klabin, até o porto de Paranaguá (PR). As adaptações transformaram o vagão em um ?super? trem, capaz de suportar até 60 toneladas, mais do que o dobro que o normal.
SEGUROS
O mercado segurador brasileiro, envolvendo os segmentos de seguros, capitalização e previdência aberta, deve fechar 2005 com uma arrecadação de, aproximadamente, 46 bilhões de reais, 14,2% a mais do que em 2004.
OBRAS
O Centro Clínico Gaúcho, que anunciou em outubro a compra do antigo prédio do Hospital da Criança Santo Antônio, contará com o arquiteto Pedro Luiz Granzotto para o desenvolvimento do projeto arquitetônico do novo hospital. A empresa prevê para maio de 2006 o início das obras.
IPVA
Quem ainda quiser aproveitar o desconto no pagamento do IPVA 2006, oferta que só vai até a próxima segunda-feira (02/01), precisa se apressar para não enfrentar as costumeiras filas e contratempos de última hora. Para facilitar a vida do contribuinte, o Banrisul oferece várias formas de pagamento: no auto-atendimento existem três opções aos clientes do Banco: Agência Virtual (www.banrisul.com.br), Banrifone (confira abaixo os números por região) e nos caixas eletrônicos; na Rede Integrada Banricontas (2.233 correspondentes bancários em todo o Estado) e nas agências, também para aqueles que não são clientes do Banrisul.
ESTÁVEL
O mercado publicitário gaúcho permaneceu estável, em 2005, acompanhando, na média, a conjuntura desfavorável enfrentada pela economia brasileira, que foi agravada, no Estado, pela queda do agronegócio provocada pela estiagem. A avaliação é do presidente da Abap/RS, Diki Schertel, lembrando que para 2006 poderá haver alguma recuperação, até pelo fato de se tratar de ano eleitoral.