NOVOS RUMOS
O novo objetivo da ABRAS é querer transformar a ExpoAbras em um evento essencialmente de negócios. Para tanto buscou abrir espaço para um maior número de segmentos, e dar preferência a estandes menores que abriguem pequenas e médias empresas para expor produtos ou serviços aos supermercadistas. Depois de muitos anos acontecendo no Rio de Janeiro, a ExpoAbras se transferiu para São Paulo, no Centro de Exposições Imigrantes. Com o tema: Novos Rumos - Fortalecer para atender melhor, a feira vai até 5a feira, 08 de setembro.
MAIS POLÍTICA
A primeira impressão que o evento passa é que as feiras regionais estão merecendo muito mais atenção por parte dos fornecedores. Já faz algum tempo que a preferência é esta, por se traduzir em mais negócios. A ExpoAbras, ao longo dos últimos anos, passou a ser interpretada como um evento mais político e de relacionamento, impedindo assim um direcionamento de investimentos mais pesados. A continuar assim fica evidente que a Convenção da Abras poderá a ser uma feira itinerante, cabendo às feiras regionais sediarem, em rodízio, o evento nacional.
A DÚVIDA
O presidente da Abras nega esta possibilidade, embora bem admitida entre tantos agentes do setor, com quem conversei aqui. O convencimento de João Carlos de Oliveira é de que a nova postura adotada pela entidade deverá transformar a ExpoAbras num ambiente onde os negócios é que deverão pautar os novos encontros. Por enquanto fico com a opinião da maioria.
O DISCURSO DE LULA
Quem define o tom dos discursos é sempre a platéia. Os políticos, bastante sabedores desta máxima, invariavelmente usam este expediente com maestria, admitindo que jamais os ouvintes trocam de platéia. Isto já é coisa muito antiga, apesar de que pouca gente percebeu a estratégia, pois vemos sempre pessoas aplaudindo tudo o que lhes agrada, apesar de serem na maioria das vezes mentirosas. Considerando que aplauso virou coisa protocolar, muitas palmas ocorrem até mesmo em situações adversas.
PARA QUEM LULA MENTE?
Ontem, na abertura da Convenção da ExpoAbras 2005, em São Paulo, o presidente Lula foi o palestrante. E disse, com naturalidade, tudo aquilo que os empresários do setor supermercadista queriam ouvir. Coisas, com certeza, bem diferentes daquelas declarações que Lula fez, recentemente, aos sindicalistas. E todos os presentes aplaudiram com fervor, sem se dar conta de que tudo era uma mera questão de platéia. Fica a dúvida: para quem ele está mentindo?
RISCO SERRA
Quando se referiu ao aumento de empregos, queda da inflação, crescimento econômico, melhoria do investimento, Lula falou do passado, não do futuro. O que as pessoas querem ouvir do presidente é o presente e o futuro, diante deste mar de crises que o seu partido está envolvido assim como ele próprio. A impressão que está causando a todos os brasileiros é que Lula não é mais um risco para o Brasil da economia. Da política, sim. O risco atual da economia brasileira é o Serra. O preferido nas pesquisas para presidente em 2006 já começa a deixar o mercado mais nervoso, uma vez que não mostra a mesma capacidade já demonstrada pela equipe de Palocci. Que tal?