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13 set 2004

EXPOABRAS 2004 - RIO DE JANEIRO


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RIO POLITIZADO - 1
Com o objetivo de contar as perspectivas para setor supermercadista, na ExpoAbras 2004, que se realiza no Rio Centro, cheguei ao Rio a tempo de passar o final de semana. Como estamos em franca campanha eleitoral, as praias, nos finais de semana, são o melhor lugar para que os candidatos se apresentem ou mostrem suas propagandas daquilo que farão para que o Rio seja mais feliz. A primeira constatação que faço é que já deveria ter acabado o mito de que o RS é o Estado mais politizado do Brasil. Uma inverdade total. Esta mentira foi dita ou inventada, não se sabe por quem, e como ninguém contestou, virou verdade. Se algum Estado deveria ocupar este posto, sem dúvida o Rio é o mais cotado.
RIO POLITIZADO - 2
Depois que o povo carioca experimentou todos os tipos de ideologias partidárias, as intenções de voto estão agora totalmente voltadas ao candidato já testado que não tem ranço socialista. E que, pelas pesquisas, deve vencer já no primeiro turno. Estão convencidos, os eleitores, de que o mundo mudou e não há espaço para estupidez com o dinheiro público. O trabalho feito está sendo avalizado e as intenções, segundo as pesquisas, falam por si. Tudo sem orçamento participativo, Forum Social Mundial e outras bobagens. Com certeza, o carioca sabe tudo de política. Parabéns.
A GASTANÇA EM PORTO ALEGRE - 1
O levantamento feito pela Folha de São Paulo, divulgado hoje, mostra o perigo e o desgoverno que aflige os portoalegrenses: a administração temerária do atual governo municipal conseguiu colocar a capital gaúcha em primeiro lugar em gastos com pessoal. No primeiro quadrimestre de 2004 já ostenta o terrível percentual de 52,53% da Receita Corrente Líquida, comprometidos com gastos com a folha. Uma loucura total que o PONTOCRITICO.COM vem sempre atacando mas não encontra eco. Nem junto aos candidatos.
A GASTANÇA EM PORTO ALEGRE - 2
Chama a atenção no estudo feito, que Curitiba, exatamente a capital que tem a melhor qualidade de vida no Brasil, apresenta 24,80% de gastos com pessoal sobre a RCL. São Paulo gasta 40,33%, Salvador, 35,07% e Recife 42,23%. Que tal? O limite, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, para não deixar dúvidas, é de 54% para o Executivo. Comparando com outras capitais, estar no limite não significa estar melhor administrada. Principalmente quando se gasta com folha de salários. O levantamento mostra muito claramente que a única coisa feita pela atual administração, nos últimos 16 anos, foi o aumento de impostos e exagerado aumento de gastos com pessoal. Pode? E querem mais.
EXPOABRAS 2004 - ABERTURA
Como sempre, as inaugurações das feiras e eventos são recheadas de discursos e expectativas. A abertura da Expoagas 2004 não fugiu à regra. Principalmente por contar com a presença vários ministros de Estado ( Roberto Rodrigues, da Agricultura, Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, José Fritsch, da Pesca) e do Vice Presidente José Alencar. E como anfitriã, a governadora do Rio, Rosinha Garotinho. Todos usaram o microfone depois de ouvirem o presidente da Abras, João Carlos de Oliveira.
O PRESIDENTE DA ABRAS
João Carlos fez referência ao convencimento que o setor supermercadista tem, de que um novo ciclo de crescimento está ocorrendo efetivamente. Nível de emprego em alta, exportações aumentando, as vendas do comércio idem já são elementos que produzem o sentimento de que os melhores dias chegaram no Brasil. Mas não deixou de pedir o fim da precificação por etiquetas individuais nos produtos, o que além de ser um enorme atraso aumenta em muito os custos pelos processos que envolve a estúpida etiquetagem na era digital. E criticou a pesada carga tributária que o setor vive junto com os demais. Salientou que os supermercados são hoje, responsáveis por 85% do abastecimento de tudo o que é consumido pelas famílias no país.
OS MINISTROS
Os ministros nada mais foram do que protocolares no que disseram. Furlan ainda procurou justificar o cargo público que hoje ocupa, para dizer que as desonerações da Cofins em vários produtos da cesta básica foi importante. Mas, como todos sabemos, são muito tímidas. Sabemos também que a atitude do governo foi para poder usar tais argumentos nestas solenidades. Funciona e dá a impressão de que tudo vai bem e pouco precisa ser mexido. Estratégia esperta, convenhamos.
O VICE JOSÉ ALENCAR
A hora do porre, finalmente, ficou por conta do vice presidente J.Alencar. Saudosista, ingênuo,vivendo uma época muito distante da nossa, parecia estar diante de uma platéia de crianças de um jardim de infância. Entre tantas bobagens ditas, lia um discurso confuso que o levava constantemente à contradições. Mas, para quem conhece o vice, não se surpreendeu. Depois de concordar que as alíquotas de impostos são altas, preferiu atacar mais uma vez as taxas de juros. Como ainda não foi informado de que os juros são altos exatamente porque os impostos são elevados, prefere ficar malhando o efeito e protegendo a causa. Um Horror.