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21 fev 2005

EVITANDO VOLTAR À ESTACA ZERO


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EM BUSCA DA SOLUÇÃO
A cada reunião do COPOM, a reação da sociedade organizada é sempre a mesma: se a taxa Selic sobe é um inferno. Se ela recua, nunca é suficiente para aquecer a economia. Uma coisa precisa ficar clara para todos: esta equipe econômica está buscando freneticamente a queda da inflação. Sabe, inclusive, que tal decisão já promove descontentamento todos os dias e a todo instante, mas, mesmo assim, não cede, não relaxa.
INSTRUMENTO PRINCIPAL
E para não deixar que a inflação volte a ser um pesadelo, as taxas de juros tem sido o instrumento principal. Enquanto isso, as tarifas públicas, cujos preços são administrados, estão, por contrato, sendo indexados pelo IPCA. E os economistas menos concordes com a política do governo insistem que são aqueles preços os realimentadores da própria inflação.
BRAÇO FORTE
Pois bem. Mas o que deve ser feito? Não honrar os contratos, que prevêem a tal forma de reajuste nas suas cláusulas? Ou esperar até que findem os prazos dos mesmos para tentar outra forma de reajuste? A segunda seria a mais lógica. E até lá, só com braço forte e intolerante é que pode conseguir o feito econômico. Fico, pois, com a política econômica do BC. Caso contrário, voltamos, mais uma vez, à lamentável estaca Zero, como já acontecido nos inúmeros planos anteriores.
SEMPRE NA ESTACA ZERO
Repito: ninguém ignora que pela quantidade de planos econômicos experimentados no Brasil, a cada experiência voltamos sempre à estaca zero. Isto significa que enterramos sempre os sucessos até então obtidos. Os fracassos, por outro lado, nunca desaparecem. Na realidade, pela situaçao vivida não queremos mesmo acertar. Não queremos ver as coisas resolvidas. Só apreciamos propostas que sejam indolores, que não existem.
SM CAIXA PARA COMPRAR
Ainda vai levar muito tempo para que a sociedade entenda que câmbio é e deve ser definido pelo mercado. E juros de financiamento, idem. A taxa-prime, esta sim é que deve ser instrumento de contenção ou expansão de preços. No câmbio, com toda a choradeira que ocupa os noticiários diariamente, é preciso que respondam claramente: o caixa do Tesouro, pela sua grande limitação, tem moeda suficiente para comprar todos os dólares ofertados? É obvio que não. Como, então, podem querer que o dólar deixe de cair frente ao real, se a oferta é abundante?
PROPORCIONALIDADE
O governo do RS insiste na questão do crédito tributário, dizendo que a União só vai repassar R$ 490 milhões neste ano. E para que possa atender de alguma forma os exportadores quer repassar proporcionalmente os valores recebidos. Interessante a proposta. Como o governo deixa bem claro que o seu grande objetivo é pagar a folha do funcionalismo, deveria entender que os empresários exportadores também têm a mesma necessidade.
DESIGUAL COM IGUAIS
Já se percebe que, pelos discursos proferidos em defesa de suas teses, Rigotto está tratando de forma desigual os iguais (seres humanos). Porquê não joga todas as despesas no mesmo saco e paga também proporcionalmente? Se o raciocínio e o objetivo valem para uns, deve valer para todos. Que tal?
AGRIBUSINESS
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