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05 fev 2019

EU SOU APENAS O CARTEIRO


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65 ANOS

Ontem à tarde vazou uma informação dando conta que no texto de um dos três estudos que estão sendo finalizados para encaminhar a proposta de REFORMA DA PREVIDÊNCIA ao Congresso Nacional, informa que a idade mínima é de 65 ANOS para todos os contribuintes, independente do sexo. 


SETE ANOS MAIS

Quem se propõe a analisar com o máximo cuidado apenas esta parte do texto (vazado ontem), à luz do que atestam não só o IBGE como todos os institutos que medem, constantemente, a expectativa de vida dos brasileiros, não terá dúvida de que, no Brasil, as mulheres  vivem, em média, SETE ANOS mais do que os homens. 


TRATAMENTO IGUAL

Ora, considerando que a realidade é esta, de forma nua e crua, não há como imaginar que qualquer  REFORMA DA PREVIDÊNCIA proponha algo que não tenha por princípio o estabelecimento de uma verdadeira JUSTIÇA SOCIAL. Isto significa que, no mínimo, tanto os homens quanto as mulheres deveriam ter tratamento IGUAL. 


JUSTIÇA SOCIAL

Digo -no mínimo- porque se o interesse fosse de impor uma verdadeira JUSTIÇA SOCIAL, isto só se seria possível se, de fato, fossem atendidos o que atestam os estudos estatísticos, que medem a expectativa de vida de homens e mulheres. Portanto, de novo: baseados nestes estudos (todos), a tal IDADE MÍNIMA DAS MULHERES deveria ser SETE ANOS a mais daquela que é hoje atribuída aos homens.


CINCO ANOS ANTES

Pois, independente de tantas INJUSTIÇAS SOCIAIS que a atual PREVIDÊNCIA impõe, principalmente no que diz respeito aos nojentos PRIVILÉGIOS concedidos aos servidores públicos (cidadãos de PRIMEIRA CLASSE), as mulheres, além de viverem SETE ANOS mais do que os homens, se aposentam CINCO ANOS ANTES. Pode? 


CARTEIRO

Sei, perfeitamente, que não serão poucos aqueles que não vão gostar nem um pouco das VERDADES ditas neste editorial.  Peço, no entanto, que antes de destilarem o ÓDIO TÍPICO DOS DESCONTENTES, tratem de se informar, pois o meu papel é apenas de CARTEIRO. Assim, todas as manifestações contrárias aos estudos devem ser encaminhadas diretamente aos institutos que medem a expectativa de vida dos brasileiros.