ESTUDO QUE VISA AUMENTAR O VALOR DOS PEDÁGIOS
A notícia que saiu ontem, dando conta que o governo Jair Bolsonaro estuda mudar o saudável modelo de CONCESSÕES NÃO ONEROSAS de rodovias federais, que privilegiam o critério de MENOR PEDÁGIO, retornando ao indesejável sistema de CONCESSÕES ONEROSAS nos próximos leilões, é de cabo de esquadra.
VOLTA AO ATRASO
Por enquanto, a volta ao atraso não passa de um estudo que está sendo feito pelo Ministério da Infraestrutura. Entretanto, ao ler que a justificativa da medida diz que o dinheiro arrecadado com a volta das CONCESSÕES ONEROSAS servirá para abastecer um -Fundo Rodoviário Nacional- com o objetivo de implementar melhorias e duplicações nas -demais vias- para que também sejam concedidas, aí não há como não ficar preocupado.
FAKE NEWS?
Tomara que tudo não passe de uma notícia boba, sem qualquer fundamento. Até porque, se for levado em conta que o novo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, assegura, a todo momento, que o governo federal pode privatizar e/ou liquidar mais de 100 estatais como forma de levantar recursos e reduzir gastos, aí a volta das CONCESSÕES ONEROSAS fica com cara de FAKE NEWS.
CONCESSÃO ONEROSA
Para que os leitores saibam, todos os valores que o governo (poder concedente) arrecada dos concessionários que ganham os leilões é cobrado dos usuários ao longo do tempo da concessão estabelecida no edital. Ou seja, no caso de estradas, no valor da tarifa do pedágio é cobrada uma fração do valor pago ao governo na forma de CONCESSÃO ONEROSA.
GRANDES CULPADOS
Este esclarecimento se faz necessário e importante porque a maioria dos usuários e grande parte da mídia -desinformadora- apontam para os concessionários como se fossem os culpados pelos valores dos pedágios cobrados nas estradas concedidas na forma ONEROSA.
VANTAGEM
Que fique, portanto, muito claro: quando uma CONCESSÃO, de qualquer serviço considerado público (rodovia, energia, etc.), se dá pela forma -ONEROSA-, quem fica com a maior parte da tarifa cobrada pelo concessionário é o GOVERNO. Já no caso das CONCESSÕES NÃO ONEROSAS, quem leva vantagem é o usuário. Simples assim.