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24 abr 2015

ESTADO DO RS - UM CAPÍTULO À PARTE


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RIO GRANDE DO SUL - ESTADO CALOTEIRO

Tomando por base que grande parte dos leitores/assinantes do Ponto Crítico estão espalhados pelo Brasil todo, muitos inclusive vivendo no exterior, por óbvio não faz o menor sentido ficar postando conteúdos cujos temas dizem respeito àqueles que tem olhos voltados apenas para o Estado do Rio Grande do Sul.  

 


MAIOR REPERCUSSÃO

Entretanto, quando algo de muito importante acontece no RS, do tipo que garante enorme repercussão por todos os cantos do país, aí fica impossível não manifestar opinião, comentário e/ou esclarecimento. Até porque, não por coincidência, esta Home Page leva o nome de PONTO CRÍTICO.    


SEM DINHEIRO

Pois, hoje pela manhã, o governador José Ivo Sartori fez um pronunciamento que coloca o Estado gaúcho nas manchetes do país, e até nas páginas dos noticiários econômicos do mundo todo. Sem dinheiro para poder honrar os compromissos absurdos, firmados pelos governos anteriores, mormente o último, Sartori decidiu que vai suspender o pagamento da dívida que o Estado tem para com a União. 


CALOTE

O governador jurou de pés juntos e mãos para o céu que não aplicou um calote. Porém, por mais que se esforce em dizer que está protelando o pagamento da parcela que vence em abril, o fato é que a sua decisão soa categoricamente como tal. É calote. Simplesmente CALOTE. 


DÉFICITS PERSISTENTES

Ora, a situação de penúria das contas públicas do RS, da forma como foi herdada pelo governo atual, é sabida até pelos cavalos que pastam nos verdes campos do Estado. Como a receita é incrivelmente menor do que as despesas assumidas, ao invés dos governantes tratarem de fazer as REFORMAS necessárias para tirar o RS desta (evolutiva) situação de penúria, só usaram as suas cabeças, troncos e membros para descobrir quais fontes (temporárias) estavam disponíveis para poderem financiar os persistentes déficits. 


FONTES DE FINANCIAMENTOS ESGOTADAS

Antes mesmo de raspar o que ainda  restava nas contas dos Depósitos Judiciais, que de antemão trata-se de um recurso privado depositado na Justiça para discutir as mais diversas demandas da sociedade, o governo já havia deixado de pagar seus fornecedores.

 


FOLHA DE PAGAMENTOS

Pois, mesmo com todas essas providências, que a rigor são consideradas como-caloteiras-, o caixa do Tesouro se mostrou insuficiente para honrar a própria folha de pagamentos de salários, a qual destina mais de 53% do total para satisfazer aposentados (com salário integral) e menos de 47% para quem está na ativa. Pode?  


NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO À TODA TERRA

Enquanto isso, o governador Sartori, de forma inexplicável:

1- sancionou o aumento dos salários dos deputados;

2- não pronunciou a palavra PRIVATIZAÇÃO;

3- também não se manifestou pelo necessário e inadiável FECHAMENTO de dezenas de estatais, que certamente não são de interesse público e muito menos da iniciativa privada;

4- só deu a entender, realmente, que precisa AUMENTAR IMPOSTOS. Que, por sua vez, só produzirá efeito por, no máximo, mais seis meses. Mal sabe que a economia do RS, pelo calote decretado, só tende a decrescer ainda mais.

 Ah, espero que os leitores entendam porque não faz o menor sentido os gaúchos cantarem o Hino Riograndense, principalmente a estrofe que diz: Sirvam nossas façanhas de modelo à toda Terra... Que tal?