LEGALIDADE?

Um assunto que está recebendo grande espaço nos jornais do RS, nesses últimos dias, é a comemoração do cinquentenário do Movimento pela Legalidade, o qual teve início no final de agosto de 1961 e acabou, felizmente, em março de 1964.

JANTAR-BAILE

Como o Movimento foi liderado pelo ex-governador Leonel Brizola, o governo do Estado do RS, para festejar os 50 anos do Movimento promoveu um jantar com alguns ex-governadores (exceto Antonio Britto e Yeda Crusius) no Palácio Piratini. Para ser um jantar-baile faltou como música de fundo, o hino da Internacional Socialista.

PAÍS COMUNISTA

Como sou, declaradamente, POLITICAMENTE INCORRETO não sou nem teria sido favorável ao Movimento pela Legalidade. Por motivo simples: a tal legalidade alegada só tinha um único propósito: fazer do Brasil um país totalmente comunista.

CONTRAGOLPE

Mesmo que muita gente discorde estou pra lá de convencido de que o Brasil não sofreu um golpe militar. O que houve, certamente, foi um CONTRAGOLPE. Que, de antemão, não pode ser confundido com o que aconteceu depois, que nada tem a ver com o Movimento. Aí o problema é outro: os militares não cumpriram o acordo feito por Castelo Branco, ficando muitos anos no Poder.

LEGALIDADE

Voltando ao tema chamo a atenção dos chamados ?Legalistas-, que as causas dos maiores problemas que o Brasil enfrenta estão protegidas por leis. Ser legalista, portanto, significa estar a favor das leis que estimulam a impunidade e impedem a justiça.

TUDO LEGAL

Vejam, por exemplo, que é absolutamente legal a estúpida imunidade parlamentar. Também são legais vários privilégios concedidos. Como é o caso, por exemplo, das aposentadorias dos servidores públicos pela integralidade dos salários, que promovem um rombo de mais de 52 bilhões de reais por ano. Pode?

SEM MOVIMENTO

Como o nosso povo é provido de péssima educação, a ponto de confundir cultura com coisa certa, a consequência disto é triste: acaba sempre sendo seduzido por gente esperta que só tem sede de Poder. As eleições provam isso de maneira incontestável, sem qualquer MOVIMENTO de indignação