A PARTIR DE 2013
Tão logo a presidente Dilma Rousseff anunciou, na véspera do Dia da Independência, que a conta de luz deve ficar mais barata para os brasileiros, o povo partiu feliz e confiante para curtir o feriadão. Mesmo sabendo que a redução esteja prevista para acontecer a partir do início de 2013.
MÁGICA DA REDUÇÃO
Pelo que foi informado, o governo pretende reduzir o preço da energia em 16,2%, em média, para os consumidores residenciais. E, para a indústria, o corte previsto pode chegar até 28%. Quero saber como vai funcionar a mágica da redução, mas isto só será revelado amanhã, por ocasião do anúncio oficial.
ELOGIO
Considerando que o governo não mostra o mínimo interesse, vontade e capacidade para fazer as necessárias reformas estruturais, só pelo fato de propor redução de impostos, como pretende para tornar a energia mais barata, já é um grande avanço. Merece até um elogio.
ESCÂNDALO
É lamentável que os governadores não se disponham a entrar na mesma onda do governo federal. Até porque o que mais contribui para o alto custo da energia consumida pelos brasileiros são as indecentes alíquotas de ICMS praticadas em todos os Estados. Algo próximo a 50% do valor das mesmas.
SAFADEZA
Dilma até lamentou esse desinteresse dos governadores, o que proporcionaria uma maior redução do custo. Não obteve sucesso, infelizmente, nem mesmo junto aos governantes do mesmo partido, ou de partidos aliados. Os mesmos que, mentirosamente, afirmam sempre que é bom para os Estados e Municípios que os escolhidos sejam do mesmo partido do (a) presidente. Pode?
DOIS PESOS...
Dilma, como já é sabido, tem sido severa nas suas críticas à iniciativa privada. Os bancos, por exemplo, tem sido os principais alvos porque não se mostram interessados em reduzir as taxas de juros, mesmo com a queda da Selic.No entanto, quando os governadores se recusam a reduzir o ICMS da energia, dos combustíveis e da telefonia, cujas alíquotas são absurdas e/ou escandalosas, aí a presidente é silenciosa e cheia de dedos.
TAXA DE JUROS
Aliás, com relação às altas taxas de juros, que o governo vive reclamando porque entende que os bancos não estão colaborando, pergunto: por que não propõe a redução do imposto de renda e do compulsório? Além de pagarem alíquota de IR superior ao das demais pessoas jurídicas, os bancos ainda são obrigadas a recolher altos depósitos compulsórios. Mais: também precisam bancar o cada vez mais elevado risco de inadimplência.