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20 mai 2005

ENTENDENDO A INFORMALIDADE


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MAIS TRANSPARÊNCIA
Todo mundo vinha dando palpite sobre o tamanho da informalidade no Brasil. Agora, graças a uma pesquisa do IBGE, os fantásticos números estão mais transparentes e identificam claramente como a sociedade contra-atacou a estupidez e a ignorância dos governos, que insistem sempre com aumentos significativos de impostos e contribuições. Portanto, sem surpresas com os números. A informalidade não precisa ser lamentada ou combatida. Ela diminuirá no mesmo dia em que os governos pensem e reduzam as suas ganâncias.
FAZENDO AS CONTAS
A informalidade, gente, foi a forma encontrada pela sociedade para buscar renda. Ao invés do emprego formal, a atividade sem registro. Nada a ver com a dificuldade de emprego. Nada disso. Os informais só fizeram as contas. E perceberam que o ganho é muito maior sem papel ou carteira assinada. Além de ganharem mais, o custo é menor para quem compra seus produtos e serviços. A prova é que só existe informalidade desde que haja operações de compra e venda.
VIA DE DUAS MÃOS
E quem só garante a existência de qualquer produto ou serviço, com ou sem nota fiscal, é o consumidor. Este é o grande soberano e o garantidor de qualquer produtor. A informalidade é, pois, uma via de duas mãos: uma para quem produz e outra para quem adquire os produtos e serviços oferecidos. Ninguém quer comprovante fiscal. E a garantia do produto ou serviço já é muito preservada. Isto, com certeza, todos nós sabemos, pois todos nós compramos, não é mesmo?
GRANDE DESORGANIZAÇÃO
Os promotores da Global Tech ? Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação que está acontecendo na Fiergs, são amadores e desorganizados. O público que se interessa pelo evento, por óbvio, é jovem e em quantidade enorme em função da farta divulgação que ouve, com forte chamamento para estudantes. Só que, ao chegar ao local, a desorganização já começa a aparecer com força total.
EMPURRÕES
Aqueles que têm acesso ao recinto só conseguem se aproximar dos estandes usando a tática do empurrão. Assim, para que alguém possa conversar ou testar o que está sendo oferecido, pode esquecer. Não há filas organizadas nem eventos programados. Se fossem distribuídas senhas para grupos de estudantes, o aproveitamento seria melhor. Confesso que, infelizmente, não consegui ver a feira. Não sei se foi boa. Só sei que não foi organizada. Um horror.
REAPRENDENDO A DIRIGIR
Participei, recentemente, de um road-show oferecido pela BMW, quando do lançamento do seu novo carro Série 3. A conclusão que se tira, quando nos é permitido testar um veículo com tanto avanço tecnológico, é que, decididamente, não sabemos mais dirigir automóveis.
MUITA TECNOLOGIA
Se ainda nos sobram alguns conhecimentos de trânsito, como sinais e placas, nos faltam tudo aquilo para tirarmos proveito adequado da tecnologia embarcada nestes novos veículos. E não é com uma simples aula rápida que podemos aprender a dirigir o que nos apresentam. É preciso mais: um mês inteiro com muita práticas de pilotagem.