DESINFORMADOS PELA MÍDIA
Como o editorial da última 6ª feira -O QUE ESTÁ POR TRÁS DO FLUXO CAMBIAL NEGATIVO-, foi alvo de inúmeras manifestações de leitores que se consideram -DESINFORMADOS PELA MÍDIA-, volto ao tema com algumas contribuições que recebi para melhor esclarecer o importante tema.
SALDAR DÍVIDAS EXTERNAS
Uma delas, como bem lembra Cláudio Berquó, leitor atento do Ponto Critico, é que empresas com DÍVIDAS EM DÓLAR, neste momento em que as TAXAS DE JUROS estão caindo bastante no Brasil, estão fechando câmbio com o propósito de saldar, ou amortizar, DÍVIDAS CONTRAÍDAS NO EXTERIOR. Detalhe: os recursos para tanto têm origem na emissão de debêntures em REAIS.
MERCADO DE RENDA FIXA
Berquó completa: o investidor de portfólio não está vindo para o Brasil ainda, porque está esperando, com total razão, as REFORMAS MAIS SÉRIAS E CONSISTENTES. Além disso é bom lembrar que o mercado americano está bombando. Some-se aí que o nosso mercado de RENDA FIXA (com a importante queda dos juros) está sofrendo uma forte concorrência externa, inclusive dos EUA.
INVESTIMENTOS
Antes que alguns leitores mais apressados entendam que o Brasil corre um sério risco de continuar sofrendo uma grande debandada de dólares é importante que se tenha em mente que os recursos destinados, não para a RENDA FIXA, mas para INVESTIMENTOS, seguem na mira dos investidores com visão de longo prazo.
SUBSTITUIÇÃO
Aliás, lá atrás, quando o presidente Bolsonaro ainda era candidato à presidência, o já definido ministro da Economia Paulo Guedes disse, alto e bom tom, inúmeras vezes, que a DEPENDÊNCIA do dinheiro estrangeiro para o financiamento do -DÉFICIT PÚBLICO DO BRASIL- seria, na medida do possível, substituída por INVESTIMENTOS.
MARCO REGULATÓRIO
Como os interesses de cada tipo de investidor são diversos, enquanto batem em retirada aqueles que estão voltados para a RENDA FIXA, os interessados em INVESTIMENTOS, que veem nos dividendos resultados melhores do que os juros em títulos públicos, ficam no aguardo dos editais de venda e/ou concessões com olho fixo no imprescindível MARCO REGULATÓRIO.