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04 out 2004

ELEIÇÃO NÃO SIGNIFICA DEMOCRACIA


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FALTA CONHECIMENTO
Ou o povo não tem o mínimo conhecimento daquilo que representa uma democracia, ou está satisfeito com o que está praticando. O que é lamentável sob todos os aspectos. Senão, vejamos: Só pelo fato de que o presidente Collor seria mesmo destituído de seu cargo, caso não tivesse renunciado a tempo, não significa que o povo faz as coisas certas. Manipulado, ignorante, despreparado, serve muito mais de massa de manobra, pois nunca faz o que pensa que deveria fazer. Mas bate forte no peito se dizendo capaz de derrubar políticos que não correspondam às suas necessidades e interesses. A prova aí está com o péssimo comportamento dos senadores e deputados que há muito tempo não aparecem por Brasília. Espertos, nem para receber seus salários precisam viajar até lá. O povo até reclama, mas não faz outra coisa senão reclamar. Muito menos tira alguém do cargo. Isto é democracia?
OS AUSENTES DO BAIRRO
Agora, com a eleição de vereadores e prefeitos, o povo procede da mesma maneira. O eleitor vota em quem jamais passou um dia no seu bairro. O eleito não volta lá para discutir e entender qual a vocação daquele espaço municipal, quais os equipamentos mais importantes para os seus moradores e trabalhadores, os tipos de empresas, as áreas de lazer, etc. Nada disso é discutido ou atendido. Nunca organizam as idéias e os projetos que mais interessam aos freqüentadores do bairro.
VOTO DISTRITAL OU DE BAIRRO
Um plano diretor específico, votado exclusivamente pelos freqüentadores identificados com o lugar é o que deveria contemplar os interesses de cada bairro, e não da cidade como um todo. Coisas assim é que definem uma democracia representativa. Antes de discutir uma cidade-bairro como administração pelo executivo, é preciso haver uma cidade-bairro do legislativo. Mal preparado, o povo não sabe disso nem se organiza para tanto. Assim, não pune e não tem poder para punir o vereador que foi eleito. E pensa que vive numa democracia.
DEMOCRACIA EM CUBA
Como se vê, eleição, decididamente, não é sinônimo de democracia. Até porque em Cuba há eleições e nem por isso há democracia. Longe, mas bem longe disso. O governo cubano criou um sistema ridículo para que o povo nunca deixe de admitir que é uma democracia. Um sistema onde há uma lista dos representantes (?) que fazem parte partido único. Todos são obrigados a votar, mas de forma não secreta. Ou seja, alguém tem coragem de votar contra a lista? Pois é, assim é a escolha feita pelos eleitores cubanos. A nossa não é por lista, mas depois que a lista é preenchida pelos votos, nada muda. Aí tudo passa a ser a vontade exclusiva dos eleitos. Pode?
OBSTÁCULO SÉRIO
Embriagados pelas notícias e expectativa de um crescimento em torno de 4% para este ano, parece que ninguém quer saber ou admitir que algum obstáculo possa atrapalhar a trajetória necessária para o Brasil começar a sair do buraco. Pois ele aí está, queiram ou não queiram: o alto preço do petróleo. O que ainda pode salvar a nossa pele é o fato de ele existir em quantidade suficiente na natureza. A falta hoje é por vontade dos terroristas que impedem a sua retirada do subsolo, mas não pela inexistência da riqueza. Só que o preço praticado já deixou de ser especulação, o que é suficiente grave e perfeito para promover um desaquecimento no desenvolvimento esperado para o mundo.
O CASO IPIRANGA - 1
Uma das hipóteses que levantei para o destino da Refinaria Ipiranga de Petróleo está definida, pelo que confirma a ministra Dilma Rousseff. A idéia de transformar a empresa numa prestadora de serviço à Petrobrás está praticamente fechada. Ou seja, a Ipiranga passa a ser dependente e prestadora de serviço para a Petrobrás. Isto é garantir a concorrência? Isto é estimular a criação de novas refinarias? Sai dessa.
O CASO IPIRANGA - 2
O interessante é que a ministra informa que a Ipiranga é uma refinaria pequena. É Lógico que só pode ser pequena. Primeiro porque foi, por lei, impedida de crescer tão logo foi criada a Petrobrás. Agora, mais recentemente, com a abertura do mercado e a quebra do monopólio, também foi impedida pelo dumping que a Petrobrás começou a praticar. É bom ficar de olho nas ações da empresa, pois o que está sustentando hoje a Ipiranga é o setor petroquímico.
JANTE MODA
Acontece amanhã,5 de outubro, a partir das 20h, no Salão de Convenções da Fiergs, a primeira edição do evento - Jante Moda -, com a presença de mais de 200 industriais, estilistas, designers e outros profissionais do setor. O encontro, que será realizado a cada dois meses, é promovido pelo Centro de Desenvolvimento RS Moda, integrante do Sistema Fiergs.