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26 abr 2005

É TUDO MUITO DIVERTIDO


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ALEGRIA
Gosto muito de ouvir os discursos de Lula. São divertidos, alegres, interessantes e cheios de mensagens positivas e esclarecedoras para um povo ignorante. Felizmente, e finalmente, temos desta vez um presidente que sabe tudo e tem solução para tudo. Somos, portanto, um povo feliz e realizado. Impressiona demais é que esperamos tanto para eleger alguém tão fantástico. Uma prova de que perdemos muito tempo desde o descobrimento do Brasil.
PORRE
Ontem foi a vez de Lula fazer referência ao custo dos empréstimos bancários e a ridícula acomodação registrada por aqueles que precisam fazer algum financiamento. Foi um verdadeiro porre de bobagens ditas e repetidas nas metáforas sempre empregadas pelo nosso presidente. Morri de rir, pois, sempre entendi que o Sistema Financeiro de qualquer país se propõem a ganhar dinheiro, basicamente, com:
TAXA REFERENCIAL
1- A cobrança de tarifas obtidas pela prestação de serviços de administração financeira; e, 2- captando recursos da sociedade a um preço e vendendo os mesmos recursos por valor mais elevado. Para captar, usa como referência a taxa de remuneração oferecida pelo BC (taxa Selic). E dificilmente consegue pagar mais do que aquela, sob pena de haver desconfiança dos aplicadores e não conseguir também concorrer com os demais agentes do sistema.
PREÇO DO DINHEIRO
A partir daí, para formar o preço do dinheiro a ser oferecido como empréstimo, são adicionados o custo dos depósitos compulsórios (junto ao BC), os impostos de toda a ordem, os custos administrativos (pessoal e encargos) os custos de manutenção dos investimentos (tecnologia) aluguéis de agências, inadimplência média do mercado (risco), etc... E todos sabem, por antecipação, que ao precisar de dinheiro imediato, ou -spot- (cheque especial) não escapará de taxas extremamente elevadas.
TAXAS MAIS BAIXAS
Já os mais programados até conseguem taxas menores mas, mesmo assim, sempre carregadas pelo custo astronômico da formação do preço do dinheiro. Aqueles que querem dinheiro identificam a necessidade, geralmente, por vontade de consumo de bens e serviços. Aí, as financeiras ou bancos ligadas aos fabricantes de bens duráveis vêm oferecendo taxas muito, mas muito mais vantajosas. Hoje, por exemplo, para adquirir um veículo ou eletrodoméstico, as taxas praticadas são insignificantes se comparadas às demais.
INTERMEDIAÇÃO
Portanto, é um grande equívoco ficar acusando os bancos e financeiras de vilões que ficam com a maior parte da renda da sociedade. Antes de tudo é preciso entender que é o governo quem fica com a renda. Os aplicadores ficam mesmo é com os títulos representados pelos empréstimos feitos ao governo, que o Sistema Financeiro só intermedia.
OS BLOCOS
A maior comemoração que os países do leste europeu podem festejar hoje é quando obtém a chance de participarem da Comunidade Européia. Os pretendentes fazem de tudo para estar no Bloco Europeu, entre os melhores, para poderem mostrar que já têm capacidade para tanto. Agora, por exemplo, é a vez da Romênia e da Bulgária. Ambos declaram que estão com tudo quase pronto para ingressar, em 2007, na UE. E estão dispostos a fazer as reformas necessárias para apressar ao máximo as adequações.Vejam agora o que acontece por aqui. O Brasil, a Venezuela e outros países medíocres, fazem de tudo para não ingressar na ALCA. Se recusam a fazer as reformas que dão condições mínimas para a admissão e por detestar fazer parte de um grande mercado comum. Gente, não é fazer parte da elite, mas parte de um todo importante para o fluxo de serviços e mercadorias.