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07 nov 2019

DUAS VONTADES DISTINTAS


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GOVERNAR

Quando o eleitor vai às urnas para escolher os políticos de sua preferência para governar o País, o Estado e o Município, deveria ter em mente  que -GOVERNAR- é a soma de DUAS VONTADES: 1- a vontade dos chefes dos PODERES EXECUTIVOS (do país, dos estados e dos municípios); e, 2- a vontade dos senadores, deputados federais/estaduais e vereadores, que formam os PODERES LEGISLATIVOS.


DERROTA DA SOCIEDADE

O que se percebe, no entanto, é que a grande maioria dos eleitores entende que GOVERNAR é uma tarefa que cabe, exclusivamente, ao CHEFE DO EXECUTIVO (nacional, estaduais e municipais). Isto explica a razão pela qual muita gente, notoriamente a mídia influenciadora, aponte como DERROTA DO GOVERNO todas as medidas e/ou propostas que não obtém aprovação dos legisladores, quando, na verdade, é que a DERROTADA é a SOCIEDADE.


REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Vejam, por exemplo, o caso da REFORMA DA PREVIDÊNCIA, que praticamente dominou o ambiente político ao longo de 10 meses de 2019: a VONTADE -MAIOR- do EXECUTIVO, que construiu uma boa proposta para enfrentar o gravíssimo problema fiscal do nosso empobrecido Brasil, foi bem diferente da VONTADE -MENOR- do LEGISLATIVO, que reduziu a economia prevista na PEC original em mais de R$ 300 bilhões.


REFORMISTAS POPULISTAS

O que geralmente acontece, infelizmente, é que as boas e necessárias medidas que precisam passar pelo crivo do LEGISLATIVO, mesmo quando a maioria é considerada REFORMISTA, como é o caso atual no âmbito federal, dificilmente saem de lá melhores do que está posto no projeto original. Volto a lembrar o caso da REFORMA DA PREVIDÊNCIA: mesmo admitindo que a aprovação foi importante, o fato é que as mutilações obedeceram a cabeça populista da maioria dos legisladores. 


MUTILAÇÕES

Este esclarecimento se faz necessário porque as excelentes propostas contidas no PLANO MAIS BRASIL, que o PODER EXECUTIVO encaminhou ao PODER LEGISLATIVO, por mais que estejam sendo aplaudidas de norte a sul do Brasil como necessárias para melhorar o debilitado estado da economia do nosso país, é praticamente certo que sofrerão mutilações ao longo das tramitações. 


SÓ O EXECUTIVO É CULPADO

O lamentável nisso tudo é que a demora, ou a impossibilidade, na obtenção dos resultados, tipo aumento do investimento, recuperação dos empregos e crescimento econômico , etc., são atribuídas, exclusivamente, ao PODER EXECUTIVO. Poucos levam em conta que as boas e saneadoras medidas dependem da boa vontade do LEGISLATIVO, que via de regra só piora as propostas, colocando obstáculos -populistas- que quando não impedem dificultam em muito a obtenção dos bons resultados originalmente propostos.