DECISÃO LAMENTÁVEL
A decisão pra lá de lamentável que a Polícia Militar e mais 40 categorias de funcionalismo do Estado do RS tomaram ontem, de parar completamente os (péssimos) serviços públicos que deveriam prestar à sociedade gaúcha, me fez lembrar do seguinte diálogo familiar envolvendo um pai e seus dois filhos:
DIÁLOGO
- O pai chega em casa à noite e comunica aos filhos que acabara de ser despedido de seu emprego. Como pagava uma -mesada- de 500 reais para a sua filha, que além de estudar também ajudava nos afazeres domésticos, se dirigiu a ela e disse que enquanto não voltasse a trabalhar, por óbvio, a mesada estava suspensa.
GREVE
A filha, mostrando não ter noção de que o dinheiro da mesada vinha do salário do pai, simpesmente não aceitou a decisão paterna. Como tal reagiu dizendo que a partir daquele momento estavam suspensas as tarefas domésticas que lhe estavam conferidas. Ou seja, a menina decretou GREVE.
REAÇÃO DIFERENTE
Já o filho, que também estudava e estava prestando estágio numa empresa privada, e para tanto recebia alguns trocados, ao receber a notícia mostrou uma reação diferente: olhou para o pai e disse que estava pronto para ajudá-lo a enfrentar o momento difícil que a família toda certamente iria passar.
SEMELHANÇA
Pois, fazendo um paralelo entre a situação do falido Estado do RS, cujas finanças se encontram arrasadas por absoluta incompetência governamental, vê-se uma enorme semelhança entre a história daquela família e o drama que vive a pobre sociedade gaúcha.
NADA SOLIDÁRIOS
Enquanto os servidores (que, literalmente, não fazem produtos, mas se apropriam deles) se negam a entender que a altíssima arrecadação de impostos, por excesso de despesas se mostra insuficiente para pagar as -mesadas-, ao invés de manifestar solidariedade e mostrar vontade de ajudar, reagem com uma GREVE GERAL. Pode?
QUEM DECIDE
É importante lembrar que Estado do RS tem 11 milhões de habitantes que se submetem, pacificamente, à vontade de 311 mil servidores públicos (2,8%), que simplesmente se negam a trabalhar. E, para piorar, o tamanho da despesa com os servidores (ativos e inativos) equivale a praticamente tudo que é arrecadado com impostos. Isto tem cura?