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21 dez 2004

DESTAQUES NEGATIVOS DE 2004


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É O MEU ENTENDIMENTO
Depois da divulgação de ontem, sobre aquilo que o presente ano teve de positivo, no meu entendimento, chegou a hora de mostrar também o que destaco como negativo em 2004. De novo: não há como desfilar todas as coisas ruins, razão pela qual só destaco as piores e suas notas. Por favor, não é para que os leitores concordem, pois nenhuma delas foi resultado de eleição, mas, exclusivamente do meu entendimento. Digo isso porque fui crucificado, por alguns assinantes, por eleger Bush como líder mundial. Houve quem não gostasse da minha escolha. É, no entanto, o que penso, respeitando todos os pensamentos contrários.
CENÁRIO INTERNACIONAL
No cenário internacional, três personagens disputaram o troféu - Piores do Ano: Fidel Castro, Hugo Chavez e Nestor Kirchner. Como já foram largamente consagrados os dois primeiros, desta vez o meu voto vai para Kirchner. Os outros dois continuam, porém, dignos de grande destaque negativo. Nota 0.Na economia, disparado a Argentina. Principalmente pelo posicionamento que seus representantes tomaram com relação ao calote e ao Mercosul. Um atraso. Nota 0.
BRASIL
A insistência em continuar gastando dinheiro em programas sociais absurdos, como o Fome Zero, Bolsa Família e outros, são os grandes destaques negativos. Coisas que condenam o governo federal a alimentar a corrupção, não as bocas dos ditos necessitados. Nota 0. Também as reformas previdenciária, tributária, fiscal, política, trabalhista, etc.., como vem sendo chamadas, foram, mais uma vez, o fiasco do ano. Nos condenam a uma atraso brutal.
PERSONAGEM DO GOVERNO
O personagem do governo que mais se destacou negativamente foi o ministro José Dirceu. Teve péssimas companhias de ruindade, como Carlos Lessa (BNDES), Olívio Dutra, Frei Beto, Heloisa Helena, Babá, Luciana Genro, José Alencar entre tantos. Fico, no entanto, com José Dirceu pela arrogância indisfarçável. Incomparável. Nota 0.
SETOR PRIVADO
No setor privado, a nota mínima fica, mais uma vez, com as entidades que gostam de bajular políticos. Ridícula a decisão de homenagear, nos finais de ano, justamente aqueles que mais nos agridem sempre da mesma maneira: com mais impostos e pouca vontade de decisão lógica nos Legislativos Executivos. A empresa nota zero continua sendo para a Varig. Ainda vai custar caro aos contribuintes pela proteção que estão querendo dar ao seu enorme passivo. No esporte, a grande decepção, indiscutivelmente, foi o Grêmio. Foi muito além da mera vontade de ser o último colocado. Foi muito estranha a obtenção de excessivos resultados negativos. Nas transmissões esportivas, mais uma vez o destaque ficou com Galvão Bueno. Se já tinha sido condecorado como - mala - do século passado, continua até agora sem concorrente.
GOVERNO DO RS
No RS, lamentavelmente, o governo Rigotto resolveu ser paradoxal: conseguiu se notabilizar positivamente pela governabilidade, mas decepcionou frontalmente e de maneira incrível na governança. Mostra que tem pouca coragem para negar o que não pode cumprir e que desconhece as práticas da administração. Preferiu se esconder atrás de uma ideologia confusa. E pelo que deixa transparecer, ainda desconhece o mercado e não quer se convencer de que junto com a necessidade de pagar funcionários outras prioridades também existem.
REAL FORTE
Ainda não foi possível obter suficiente compreensão da sociedade em geral,da imprensa e dos empresários em particular, sobre o desempenho o câmbio no Brasil (dólar e real). Ora, se o real consegue finalmente ter mais credibilidade, comprovada pela queda do risco-país, é óbvio que isto seduz mais investidores. Na razão em que querem investir aqui, precisam, no entanto, se desfazer da moeda que tem em mãos (dólar), para comprar a nossa moeda (real).
O MERCADO É SÁBIO
Assim, é natural que o efeito demanda maior provoque a valorização do real em relação ao dólar. Isto até precisaria ser muito festejado, não lamentado. E ficar pensando ou exigindo que o BC deveria comprar todos os dólares que são ofertados é desconhecer a força do mercado. No sentido inverso já foi tentada esta loucura e nós acabamos perdendo (lembram?), mais de US$ 40 bilhões das nossas reservas. Gente, deixem para o mercado o que é do mercado. Ele é sábio. Não é perfeito, só é mais sábio.