EM RITMO DE PÂNICO
A forte queda das cotações das ações mais líquidas, verificada ontem, que somada a dos últimos dias na Bovespa, identifica que muitos investidores estão realizando uma dura perda de dinheiro. Em ritmo típico de pânico, os vendedores, ontem, não paravam um minuto sequer de apregoar em busca do encontro de alguém que se mostrasse disposto a comprar alguma coisa.
TERMÔMETRO
As Bolsas, tais como termômetros da economia, identificam por antecipação, mesmo sem existir a certeza da ocorrência, algumas coisas que podem vir a acontecer. Basta, pois, alguma razoável probabilidade de ocorrência para alguma previsão econômica e o humor já muda imediatamente.
A CONFERIR
De repente, como se viu, o mundo acordou com alguns números reveladores de que a perspectiva de crescimento mundial já não será nada daquilo que se esperava. Pronto. Os investidores trataram de cair fora dos ativos que até ontem eram considerados os mais promissores. Fica agora a expectativa de conferir se há consistência na idéia.
EM TEMPO
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou ontem, em seminário em São Paulo que o setor de agronegócios \"passou por uma verdadeira revolução produtiva\" nos últimos anos. Corretíssima observação. Agora, segundo Palocci e todos aqueles que têm uma visão clara do funcionamento da economia de mercado, a tarefa do governo federal é criar condições para aumentar o volume de financiamento, a produção e comercialização de produtos. E para tanto foi ressaltada a importância do lançamento de produtos de financiamentos privados.
MERCADO DE CAPITAIS
O mercado de capitais é a fonte mais certa e adequada para esta etapa ainda muito atrasada no Brasil. O que foi discutido e apresentado no seminário, cujo título muito bem escolhido foi: Novos Instrumentos de Financiamento ao Agronegócio, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros -BM&F-, identifica que instrumentos não faltam para dar o impulso necessário para que os contribuintes de impostos não sejam o hedge dos produtores.
EFICIÊNCIA PARA TUDO
Segundo dados disponíveis, as exportações do setor de agronegócio passaram de US$ 19,5 bilhões para US$ 39 bilhões no ano passado, o que comprova a eficiência do setor produtivo. Ora, se houve eficiência suficiente para aumentar a produção, deve haver a mesma eficiência para deixar de depender de governo. Tomara.
MAIS UMA
Depois que o PT deixou a administração de Pelotas, o relatório divulgado ontem pelos empossados mostra o estrago que os petistas promoveram por lá. Mais de 800 empresas prestadoras de serviços, cujos profissionais continuam trabalhando em Pelotas, passaram a ter sede em cidades vizinhas. Motivo? A elevação fantástica do ISS promovida pelos irresponsáveis ex-governistas. Agora, a atual administração se diz pronta para reverter a situação. E informa que irá promover uma forte redução das alíquotas para tentar recuperar receita. Perfeito. Espero que outros municípios peguem o exemplo e façam a mesma coisa.