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04 jan 2011

CRISE DE IDENTIDADE


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LULISMO
O PT, sabidamente, combate diuturnamente o que estranhamente chama de neoliberalismo. Por outro lado, curiosa e euforicamente, enaltece o Lulismo, que nada mais é do que aquilo que rotula de neoliberal. Coisa de louco, não?
CHOQUE DE NEOLIBERALISMO
Depois de escorraçar as privatizações, dizendo que isto é coisa do diabo, o PT, através da presidenta Dilma, logo no primeiro dia de seu governo declarou a necessidade de passar às mãos da iniciativa privada os aeroportos. Mais: apoia as PPPs assim como exige a abertura de capital da Infraero. Afinal, isto é ou não um choque de neoliberalismo?
GRAÇAS À DESISTÊNCIA
Lula, como se sabe, também marcou o início de seu governo tomando decisões típicas daquelas que sempre chamou de neoliberais. Note-se que a incrível popularidade que o ex-presidente alcançou é fruto exclusivo da desistência das besteiras que repetiu em toda a sua vida política.
HERANÇAS
A parte bondosa da herança que Lula deixa para sua sucessora, portanto, é resultado daquilo que o PT chama de neoliberalismo. Já a parte maldita da herança que Dilma recebe é fruto das ações socialistas, assistencialistas e intervencionistas que o PT sempre amou.
MALES
Esta terrível fome de socialismo que não deixa o PT ser racional, de abominar o neoliberalismo, produziu muitos males no governo Lula. Como a lista é muito extensa e pode cansar a leitura separei apenas três, muito esclarecedoras:
APENAS TRÊS
1- nos últimos 16 anos (8 foram do PT), a carga tributária aumentou, em média, 2,5% ao ano;2- as despesas públicas cresceram assustadoramente durante o governo Lula;3- a inflação voltou a ser uma séria ameaça.
DILMA É DO PT
Mesmo aplaudindo as primeiras declarações da presidenta Dilma, a minha desconfiança é muito grande. Principalmente, é sempre bom lembrar, porque Dilma é do PT. Isto significa que embora alguém aposte que o Brasil vá melhorar é importante salientar que o PT sempre resistirá ao neoliberalismo. Se alguém imagina o contrário, das duas uma: é distraído ou muito doente.