CONCESSÃO NÃO É PRIVATIZAÇÃO
O governo, como todo mundo sabe, está prestes a lançar um amplo programa de -CONCESSÃO- de infraestrutura, abrangendo ferrovias, rodovias, portos e aeroportos. O lançamento do aguardado pacote, segundo informam os noticiários e o próprio governo, deve ocorrer na próxima semana, muito provavelmente no dia 09.
DE FORMA DESTACADA
Como podem observar fiz questão de dar destaque à palavra -CONCESSÃO- para que os leitores do Ponto Critico (ao menos esses) fiquem atentos, e se policiem, para que jamais se igualem aos bobos que vivem confundindo, de forma FALSA e EQUIVOCADA, contratos de CONCESSÃO com processo de PRIVATIZAÇÃO.
CONTRATO DE MANUTENÇÃO
O que o governo está anunciando para breve, portanto, nada mais é do que um programa de CONCESSÕES, através de leilões. Isto significa que o resultado dirá quem serão os contratados para fazer melhorias e/ou dar manutenção às rodovias e ferrovias que serão alvo dos editais. Da mesma forma, quem deverá construir e/ou manter os portos e aeroportos definidos.
A PROPRIEDADE É PÚBLICA
Vale dizer, com todas as letras, que todos os bens que por ventura forem colocados à disposição dos CONCESSIONÁRIOS, provavelmente da iniciativa privada, continuarão sendo de propriedade do Estado (de minha parte, o que mais gostaria mesmo é que tudo passasse, definitivamente, para as mãos da iniciativa privada, em forma de PRIVATIZAÇÕES).
NECESSIDADE E NÃO CONVECIMENTO
Se o povo brasileiro fosse medianamente esclarecido, ao invés de ficar criticando a (rara) atitude correta do governo, que é motivada por necessidade e não por convencimento, pois bate de frente com a ideologia do PT, jamais deveria se manifestar contra as CONCESSÕES. E antes mesmo de confundir o programa de CONCESSÃO com PRIVATIZAÇÃO, o que deveria fazer é lamentar o tempo perdido.
MAIS IMPOSTOS
Quanto ao grupo que deplora o programa, dizendo que se trata de um (nada disfarçado) aumento de impostos, travestido em forma de tarifas cobradas pelos concessionários, cabe um esclarecimento: as manifestações, para que sejam inteligentes devem ser voltadas para os impostos que não se revestem em serviços prestados. Ali está o problema e não naqueles que vão prestar os serviços desde sempre sonegados pelo Estado.
IRBES
Aliás, como foi noticiado ontem, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), que mede o retorno de tributos em qualidade de vida para a sociedade, diz tudo: o Brasil ocupa o último lugar do ranking, entre os 30 países com maior carga tributária. Sabendo disso é pouco ou nada provável querer que o governo venha a dar qualidade, ou mesmo existência, às rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.