BASTARIA COPIAR
O governador Rigotto, do RS, está irado. Nesta semana, entre várias críticas que desferiu ao governo central, condenou a timidez do COPOM, por ter promovido a redução do juro básico em 0,25 pontos percentuais, e lamentou a guerra fiscal promovida, principalmente, pelos governos paulista e mineiro. Fantástico. Rigotto, se tivesse algum interesse pelo povo, deveria elogiar e copiar os governos que se mostram preocupados em melhorar suas receitas e governar para o povo, cobrando menos tributos.
DANDO O FORA
Ao contrário, Rigotto ainda faz questão de criticar as coisas boas que estão acontecendo fora do RS. É uma pena que seja assim, até porque ele se diz interessado em se candidatar à presidente. Caso consiga a proeza tenho muito receio com o seu plano de governo. A considerar as suas práticas tributárias estaremos todos fritos. Como demonstra forte paixão por empresas estatais e folhas de pagamento de servidores o negócio é dar o fora daqui o quanto antes.
SENSIBILIDADE
Quando critica o COPOM percebo que tudo aquilo que Rigotto exige do BC é o inverso do que pratica no RS. O COPOM precisaria ser saudado pela redução da taxa Selic. Os impostos sobre telefonia, combustíveis e energia que foram aumentados pelo governador, não sofreram qualquer redução. Nada. Precisamos dar um - Viva!- ao COPOM. Que mostrou mais sensibilidade.
PENA CAPITAL
Os estupradores sabem perfeitamente da pena reservada a eles dentro dos presídios. A pena de morte. Coisa antiga e sempre mantida. Bandido tolera muita coisa, mas não tolera estupro. Creio que uma pena similar, não idêntica, pode começar a ser aplicada no Congresso Nacional. Quem consegue proteção judicial tentando evitar cassação, aí mesmo é que acaba mal. Quando chegar a hora da votação, que pode tardar mas não falhar, até aqueles que ainda poderiam ter votado a favor de certas permanências já terão mudado de idéia. A protelação das cassações, com a interferência do Judiciário, diminui o interesse pela justiça e aumenta mais o espírito da vingança.
SEMANA CHEIA
Chegamos ao final de uma das semanas mais cheias de acontecimentos importantes deste ano. Os resultados foram promissores para demonstrar o quanto somos uma republiqueta no ambiente político. Felizmente, pelo lado econômico, as coisas estão melhores comparativamente. Longe de ser exemplo, mas melhores do que o lado político apodrecido. O difícil é entender que vários países, que outrora foram subdesenvolvidos, não são copiados por nós.
REINVENTAR O MUNDO
Quando a história nos fornece situações que poderiam ser evitadas por serem prejudiciais às pessoas, o lógico é procurar outro caminho. Como os países mais antigos já tentaram todas as formas de governo, e se decidiram por vias mais inteligentes, qual a razão para permanecermos no passado? O aprendizado está em conhecer os fracassos para não persegui-los e conhecer as vitórias para andar com elas. Nós ainda queremos reinventar o mundo. É triste.